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Inteligência Artificial em auditorias é tema de palestra em TCEMG

24/09/2021

"Usar Inteligência Artificial hoje é vital!” A frase dita pelo cientista da Informação Nauber Gois pode parecer taxativa, porém, quando são analisados todos os benefícios e facilidades que a tecnologia oferece atualmente, vemos que não está muito longe disso. Assistentes virtuais em smartphones e caixas alto-falantes, filmes e músicas em aplicativos de streamings, sistemas de navegação geográfica, atendimento eletrônico ao cliente, portais de pesquisas e até os e-mails são algumas das amostras que podemos citar. Sem falar dos avanços na medicina, educação e socialização.

A afirmação de Nauber foi feita hoje, 24 de setembro, na palestra Estratégia para criação e desenvolvimento de Times de Ciência de Dados aplicada a Auditoria, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG). Além de todos os exemplos mencionados de Inteligência Artificial usados no cotidiano, o pesquisador explicou como a Inteligência Artificial pode auxiliar nas auditorias dos tribunais de contas, no controle interno, prevenção de corrupção, diagnósticos médicos, falhas em veículos, entre outros serviços. “Conseguimos identificar problemas antes mesmo que eles aconteçam”, garantiu o professor.

Nauber falou que o grande desafio para a criação de um sistema de auditoria, por exemplo, é a formação do time que irá trabalhar no projeto. “Ninguém espera que uma equipe de IA seja formada de um dia pro outro. É um assunto complexo. É necessário tempo para se implementar todas as técnicas e ferramentas. Ir progredindo aos poucos”, disse. Por isso é necessário que sejam dados baby steps, passos pequenos na implementação do programa.

Analisar quais ferramentas serão necessárias e qual o perfil do grupo são muito importantes nessa etapa. O cientista da Informação afirmou que a equipe deve ser multidisciplinar, com profissionais de áreas diversas, como matemática e estatística, bancos de dados e programação, conhecimento do negócio e comunicação e visualização.

Durante a palestra, Nauber traçou um panorama histórico de AI no Brasil e apresentou ferramentas de MLOps para criação de um pipeline de dados, feature extraction, feature store e alocação de modelos de detecção de anomalias, clusterização e classificação usando aprendizado supervisionado, não supervisionado e self-supervised learning. De uma maneira mais simples de entender, o ponto de partida, depois da equipe formada, é ter acesso aos dados que serão o objeto das pesquisas. Depois é necessário entender qual o objetivo do sistema e, a partir do fluxo de informações, tornar os dados acessíveis começar a criar modelos de apresentação gráfica e a apresentações em superfícies, como dashboards, para mostrar os alertas de formas entendíveis.

Na abertura do evento, a superintendente de Controle Externo do TCEMG, Simone Reis de Oliveira, afirmou que “a utilização da tecnologia da informação deixou de ser uma ferramenta para ser parte do processo de trabalho”. A gestora contou que o Tribunal de Contas mineiro tem buscado inovação e lembrou que no último concurso realizado, havia vagas para analistas de controle externo com foco em Tecnologia da Informação.

Em seguida, o diretor do Centro de Fiscalização Integrada e Inteligência Suricato, Henrique Quites, ressaltou a importante participação de entidades parceiras como órgãos de controle interno, ministério público, ministério público federal e outros tribunais de contas como espectadores no evento, por se tratar de um assunto interessante para toda a administração pública.


 Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação