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TCEMG participa de Dia Internacional Contra a Corrupção

03/12/2020

O Dia Internacional Contra a Corrupção já faz parte da agenda dos órgãos públicos do Estado. Realizado pela Ação Integrada da Rede de Controle e Combate à Corrupção de Minas Gerais (ARCCO-MG), o encontrou aconteceu pela primeira vez de forma virtual, pelo canal da Controladoria Geral do Estado de Minas Gerais (CGEMG), no YouTube, hoje, 3 de dezembro.

Diante de um cenário atípico, este ano, o evento teve o propósito de compartilhar os avanços alcançados e refletir sobre os desafios do setor público em face da atual crise sanitária mundial, com destaque para as investigações relativas à COVID-19, bem como a prevenção e transparência em Minas, com ênfase na necessidade de construir estratégias de atuação em rede para o combate à corrupção.

Na abertura do encontro, o coordenador executivo da ARCCO-MG e controlador do Estado, Rodrigo Fontenelle de Araújo Miranda, representou o governo de Minas. Fontenelle destacou o trabalho da ARCCO em enviar um guia de contratação aos gestores públicos, durante a pandemia, esclarecendo dúvidas recorrentes, além de reafirmar o compromisso com a transparência nas aquisições emergenciais.

O conselheiro Gilberto Diniz representou o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) e afirmou ter ficado contente em participar da abertura do evento e fazer parte de um grupo de pessoas que estão em comunhão em busca do combate à corrupção, nas respectivas áreas.

Diniz declarou que a realização do Dia Internacional Contra a Corrupção aflora nele alguns sentimentos. “Um deles é o de Lembrança. Lembrança de uma triste realidade, que começa a se transformar e que chegou ao ápice com o desnudamento de esquema muito bem orquestrado com a finalidade de desviar recursos públicos para atender fins egoísticos e particulares, - seja de pessoas, seja de grupos - em detrimento do emprego desses recursos na efetivação de políticas para beneficiar toda a sociedade.”

E continuou: “outro sentimento é o de União ou o de congregação de pessoas de bem em verdadeiro espírito de Nação para combater essa mazela que tanto mal causa, especialmente às pessoas pobres e em estado de vulnerabilidade social”. O conselheiro corregedor do TCE mineiro ressaltou que, na grande parte das vezes, os recursos desviados, vêm de pagadores de impostos. Diniz afirmou que a união e a atuação conjunta entre os poderes e órgãos do Estado são importantes para o fim dos corrompimentos e disse que torce para que a harmonia entre as entidades públicas em prol do melhor para a sociedade “se perpetue e seja cada vez mais robustecida”, finalizou.

Também participaram da cerimônia inicial o defensor público, Nikolas Katopodis; o promotor do Ministério Público mineiro, Rodrigo Couto; e o desembargador do Tribunal de Justiça, José Arthur de Carvalho Pereira Filho.

O governador de Minas Gerais Romeu Zema não pode estar ao vivo, por estar participando das comemorações do aniversário de 300 anos do Estado. Por um vídeo gravado, Zema afirmou que o combate à corrupção é uma das bandeiras da gestão atual. “(A corrupção) atrapalha tudo, mata pessoas, deixa crianças sem escolas e afeta a sociedade de uma forma negativa”, disse.

Zema ainda lembrou do papel essencial da Rede Mineira de Integridade no fomento à promoção da transparência, oposição à corrupção e ações de equidade. O protocolo de intenções foi assinado pelo TCE mineiro, pelo Governo do Estado de Minas Gerais por meio da Controladoria-Geral do Estado, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), pela Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) e pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), em setembro deste ano.

O evento segue o modelo do acordo firmado entre mais de 110 países na Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que aconteceu na cidade mexicana de Mérida, em 9 de dezembro de 2003.

A ARCCO surgiu da união de diversos órgãos de controle do país na tentativa de somar esforços no combate à corrupção. A instituição tem o objetivo de compartilhar os avanços e estratégias na implementação de ações de integridade, transparência, acesso à informação, fortalecimento da gestão pública e do controle social.

Em Minas Gerais, além do Tribunal de Contas, a ARCCO-MG também é composta por representantes da Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG), da Controladoria-Geral do Estado (CGE-MG), do Ministério Público do Estado (MPMG), do Ministério Público Federal (MPF), da Receita Federal, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU), da Controladoria-Geral do Município de Belo Horizonte.

Programação

O primeiro painel tratou sobre as “Investigações relativas à Covid-19” e contou com a participação da procuradora Maria Cecília Mendes Borges, do Ministério Público de Contas; o superintendente Breno Barbosa Cerqueira, da Controladoria Regional da CGU; a auditora-geral Luciana Cássia Nogueira, da Controladoria Geral do Estado (CGE); o delegado de polícia Gabriel Ciríaco Fonseca, da Polícia Civil de Minas Gerais; o promotor de Justiça Renato Bretz Pereira, do Ministério Público estadual; e o procurador Lucas de Morais Gualtieri, do Ministério Público federal.

Seguindo a programação, às 16h40, o ministro Wagner de Campos Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU), proferiu a palestra magna com o tema “Combate à Corrupção no Cenário Internacional”.

Antes do encerramento do encontro com o coordenador executivo da Ação Integrada da Rede de Controle e Combate à Corrupção de Minas Gerais (ARCOO-MG), a superintendente de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Flávia Alice Dias Lopes, se juntou ao secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Felippe Ferreira; a auditora da Controladoria Geral da União em Minas (CGU), Leice Garcia; e a controladora-geral adjunta da Controladoria-Geral do Município de Belo Horizonte, Cláudia Costa de Araújo Fusco, para o 2º painel do evento, que abordou o tema “Prevenção e Transparência”.

A analista de Controle Externo do TCE contou como foi feita a fiscalização da transparência durante a pandemia de Covid-19. Flávia afirmou que a situação da pandemia levantou um desafio muito grande para todos os gestores do país e para os órgãos de controle. “Todo o planejamento que foi necessário e uma reconfiguração da forma de atuação foram muito importante nesse momento”, disse.

Ainda no começo do ano, em fevereiro de 2020, antes mesmo da orientação de isolamento social, foi instituída a Lei 13.979 que “dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019”. A publicação flexibilizou diversas cautelas e obrigatoriedades legais para os procedimentos de contratação dentro da Administração Pública, mas, em contra partida, houve o aumento da transparência. “As flexibilizações foram necessárias. Os gestores públicos precisavam de um fluxo decisório e as contratações emergenciais foram muito necessárias para poder fazer o enfrentamento da pandemia, porém os riscos decorrentes dessas facilidades eram grandes, então, a Lei desde o início já trouxe a nitidez como contraponto”, conta Flávia Alice.

A superintende contou que já é comum o Tribunal de Contas trabalhar com o recebimento de dados dos municípios, mas, em caráter emergencial, a clareza nas informações estava deficiente. Em reuniões periódicas com as entidades componentes da ARCCO, os representantes chegaram à conclusão que reforçar as orientações aos jurisdicionados de como melhorar a transparência das informações.

Com um retorno pouco eficaz, o TCEMG decidiu trabalhar com um olhar mais sistêmico e fazer um acompanhamento analisando 22 questões especificas sobre Contratos (11 pontos na Lei 13.979/20; 5 questões na Lei 12527/11; e 6 apontamentos da Transparência Geral) e 17 questões de acompanhamentos na área da Saúde (4 questões básicas; 8 questões Conteúdo; 2 de Granulidade; e 3 em Formato).

Como benefício do controle preliminar, o TCE teve 3.669 fragilidades resolvidas, 24,5% com os contratos e 17,3% na área da saúde. Entre as vantagens indiretas, Flávia apontou o alcance da transparência, a comunicação e a orientação.

Para se inteirar sobre todos os assuntos discutidos, assista as apresentações abaixo:


Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação