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Velhos ângulos de uma cidade nova

24/10/2017

O cotidiano, as reformas, manifestações, os atos políticos, os encontros importantes, a evolução de uma cidade em crescimento: a jovem Belo Horizonte foi o principal cenário para José Góes. No ano em que Beagá, como é carinhosamente chamada, completa 120 anos, o Tribunal de Contas de Minas Gerais recebe 23 registros do fotógrafo, cedidos pela família, que contam um pouco do desenvolvimento da capital mineira.

Ainda adolescente, Góes ajudava nas despesas de casa vendendo balas em cinemas e trabalhava como laboratorista na Casa Lucena, antiga loja de fotos da cidade. Na ausência de um dos profissionais do estabelecimento, ele acabou sendo escalado para fazer as imagens de um casamento, e não demorou para que abrisse o próprio estúdio.

Na década de 50, foi convidado para trabalhar como repórter fotográfico do governador Bias Fortes. Além de ter ficado conhecido como o fotógrafo oficial do Palácio da Liberdade, ele também fotografou a rotina do ex-presidente Juscelino Kubitschek e mantinha um acervo com seis mil fotos do político.

O mineiro de São João Evangelista, no Vale do Rio Doce, faleceu no dia 4 de janeiro de 2015, aos 77 anos, em decorrência de um AVC. Deixou de herança para a História meio milhão de negativos com registros de personalidades e fatos marcantes, colecionados ao longo de seis décadas de carreira.

Imagens de prédios antigos, a passagem de Roberto Carlos e a turma da Jovem Guarda, a construção da Praça da Liberdade, o Instituto de Educação, o primeiro Mercado Municipal, a criação de alguns bairros e outros registros podem ser vistos no Salão Mestre de Piranga do Tribunal de Contas de Minas Gerais até o dia 24 de novembro.

A exposição “Belo Horizonte pelo olhar do fotógrafo José Góes”está aberta ao público e faz parte da comemoração da Semana do Servidor.

 


Fred La Rocca/ Coordenadoria de Jornalismo e Redação