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Auditorias em concessões e PPPs pelos tribunais de contas são trazidas para debate

02/10/2024

Foto de Daniele Fernandes. Da esquerda para a direita, Túlio César Pereira Machado Martins, servidor do TCEMG; Roberto Tadeu de Souza Júnior, auditor do TCERS e Henrique Rodrigues Fassbender de Rezende, auditor do TCEES

O terceiro dia (2/10) do 6º Encontro técnico sobre fiscalização de concessões e PPPs pelos tribunais de contas foi de apresentação de trabalhos submetidos para o evento com debates sobre cada tema proposto. O evento vai até amanhã no Auditório Vivaldi Moreira no TCEMG.

I Painel mediado por Adolfo Luiz Souza de Sá, auditor do TCEPE

O tema foi Referencial PPPs/Concessões do TCU, apresentado pelo auditor do TCU, Igor Oliveira. Segundo ele, foi feito um levantamento sobre os procedimentos encontrados nos acórdãos dos tribunais de contas brasileiros que resultou em um documento técnico que serve como guia para auditorias.

O referencial leva em conta o modelo das cinco dimensões (estratégica, econômica, financeira, comercial e gerencial), a matriz de planejamento e riscos na avalição de políticas públicas como transporte, infraestrutura, hospitais, aeroportos, educação. Dessa forma, o documento pode orientar ações de controle externo de concessões e PPPs e melhorar o desempenho dessas políticas públicas.

II Painel mediado pelo por Roberto Tadeu de Souza Júnior, auditor do TCERS

Túlio César Pereira Machado Martins, servidor do TCEMG, iniciou a apresentação do segundo painel, discorrendo sobre Receitas Acessórias nos projetos de concessão e PPP, que é um tipo de receita extraordinária advindas de atividades secundárias ao objeto concedido. E exemplificou: a venda de hidrômetro por uma companhia de água não é o objeto principal do negócio, mas impacta positivamente na prestação e na qualidade do serviço principal. No entender dele, a Administração precisa estimular essas receitas para viabilizar o projeto.

E ao falar sobre o percentual de compartilhamento de receitas, ele destacou que é importante que o Estado compreenda qual o seu papel nos contratos com parceiros privados, principalmente nos casos de reequilíbrio que envolva prorrogações e exemplificou com o impasse que teve no transporte coletivo na capital mineira. Segundo Túlio, o papel dos tribunais é evitar que isso aconteça, é antever pleitos de reequilíbrio: “estamos falando de política pública de transporte”, que respalda o interesse público e que justifica a contratação.

Então destacou que o controle externo precisa analisar as potenciais receitas extraordinárias, especialmente as acessórias; participar da construção do estudo de viabilidade dos contratos; auxiliar nas matrizes de risco; contribuir no grau de imprevisibilidade das receitas e nos influxos regulatórios; na maturidade da política pública, nos investimentos cruzados, no percentual de divisão das receitas.

Em seguida, ainda neste painel, em linhas gerais, Henrique Rodrigues Fassbender de Rezende, auditor do TCEES, falou sobre PPP de Esgotamento Sanitário: o conhecimento adquirido em auditorias de conformidade como subsídio à análise de editais – A experiência do TCEES. Segundo Henrique, os auditores nas fiscalizações verificaram quais cláusulas contratuais não estavam funcionando; quais eram os indicadores que não estavam bem delineados de forma que a concessionária pudesse prestar um serviço conforme o Poder Concedente esperava.

Em seguida, houve um momento para perguntas e respostas sobre os temas apresentados.

III painel mediado por Dieisson de Castro Silva, auditor do TCERJ

Nele foram apresentados dois temas. O primeiro foi sobre Fiscalização do TCESC de licitação referente à concessão comum para a prestação dos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos do município de Navegantes-SC, apresentado por Fabrício Guimarães do Prado, auditor do TCESC. O objeto do contrato é coleta, transporte, tratamento de resíduos de serviços de saúde, estação de transbordo e destinação final em aterro terceirizado. Na fiscalização daquele tribunal foram encontradas irregularidades que inviabilizavam tecnicamente o empreendimento.

O outro tema trazido foi Concessão da gestão de resíduos sólidos em São Paulo capital: principais apontamentos e recomendações da auditoria do TCMSP tendo em vista a proposta de prorrogação dos contratos, palestrado por Rafael de Almeida Paulillo e por Tarcísio Hugo Neris, ambos auditores do TCMSP. A partir de uma consultoria, a prorrogação do contrato originário foi entendida como mais vantajosa pela prefeitura paulista. Os dois contratos foram analisados, inclusive os achados da auditoria pela não vantajosidade do novo contrato milionário.

Após as apresentações, foram feitas perguntas.

6 Encontro Técnico Sobre Fiscalização de Concessões e PPPs Pelos Tribunais de Contas  (3° Dia)