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Conselheiro Durval Ângelo recebe medalha Mário Ottoboni

24/06/2022

 O conselheiro-corregedor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), Durval Ângelo, é a primeira autoridade agraciada com a Medalha Mário Ottoboni, entregue nesta quinta-feira (23/6) durante o 9º Congresso Internacional das APACs (Associações de Proteção e Assistência aos Condenados). A medalha foi instituída para homenagear as pessoas (autoridades parceiras, voluntários e recuperandos) que mais contribuem para o aprimoramento e disseminação do Método APAC. Também receberam a homenagem o Sr. Valdecir Antônio Ferreira (voluntário da APAC) e o Sr. Ubirajara Rabelo (recuperando da APAC de São José dos Campos). 

 
A primeira APAC foi fundada em 1972, no município de São José dos Campos (SP), pelo jornalista e advogado Mário Ottoboni (1931-2019), tendo como objetivos a recuperação e reintegração social das pessoas que cumprem pena de privação de liberdade. As APACs constituem entidades civis de direito privado, com personalidade jurídica própria e são reconhecidas por seu baixo custo, ausência de violência, menor índice de reincidência (13,9%) e de fugas. Investem na educação e no trabalho, como principais diretrizes, e hoje, estão presentes em sete estados brasileiros, totalizando 141 entidades: 63 em funcionamento e 78 em processo de implantação. Outros países também já implantaram o Método.
 
Ao receber a medalha, o conselheiro-corregedor lembrou que desde a década de 1990, tem sido um grande incentivador e apoiador do Método APAC, o qual em sua avaliação, representa uma revolução no modelo prisional, ao investir na humanização do cumprimento da pena como forma mais eficaz de recuperação. Durval Ângelo é autor do livro “APAC: a face humana da prisão”, uma das principais bibliografias sobre o tema e que já está em sua sexta edição. Quando deputado estadual em Minas, ele foi também o autor do projeto da Lei Estadual 15.299/2004, que estabeleceu diretrizes de cooperação entre o Estado e as APACs, “Desta forma, contribuímos para que as APACs saíssem da ‘marginalidade legal’ e ampliamos o acesso a recursos públicos, uma vez que, até então, a instituição sobrevivia de doações”, explica.
 
O Congresso é realizado a cada cinco anos e nesta edição, reúne “apaqueanos” de todo o mundo para celebrar os 50 anos de existência das APACs. Aberto na quarta-feira (22), no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte, o evento tem como tema central “Ninguém é irrecuperável”, e é organizado pela Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC). A programação vai até sábado (25) e inclui homenagens, oficinas, mesas redondas, intervenções culturais e conferências com cerca de 500 delegados das APACs presentes e 8.000 participantes virtuais.