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Conselheiro-substituto fala sobre inteligência artificial e controle externo em congresso de Direito

24/10/2022

Licurgo Mourão em palestra no XII Congresso Mineiro de Direito Administrativo Fotos: Felipe Jácome
O conselheiro-substituto do TCEMG, Licurgo Mourão, ministrou a palestra de abertura do último painel de debates do XII Congresso Mineiro de Direito Administrativo, na sexta-feira (21/10), que teve por tema “Controle da Administração Pública: improbidade administrativa, anticorrupção empresarial, controle interno e Tribunais de Contas”. Mourão palestrou sobre a expansão da inteligência artificial nas atividades laborais pelo mundo e suas implicações nas ações de controle externo.
 
Licurgo lembrou que, em 2020, o Supremo Tribunal Federal definiu que é prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário nas decisões dos tribunais de contas. Com isso, surgiu a necessidade da aceleração das tramitações dos processos nas cortes de contas do país. Para o conselheiro-substituto, uma das soluções seria o “uso massivo de Inteligência Artificial em trabalhos repetitivos e previsíveis por meio do processamento exponencial de grandes volumes de dados”.
 
Mourão expôs, ainda, sobre os desafios e riscos do uso da Inteligência Artificial. Ele mostrou os efeitos identificados no plano internacional com a expansão desse uso, tais como tensões entre potências da nova economia, ameaça de extinção de vagas de trabalho e consequente aumento da pobreza, que levaria a impactos na saúde, educação e qualidade de vida dessas pessoas, além da coleta indevida de dados pessoais, que poderiam gerar manipulação de comportamento, ameaças à democracia e à liberdade individual.
 
No painel, os especialistas em direito Eurico Neto e Daniela Mello Haikal, que é analista de Controle Externo e assessora do vice-presidente do TCEMG, Gilberto Diniz, palestraram sobre improbidade administrativa e lei anticorrupção, respectivamente. Os trabalhos foram mediados pelo controlador-geral de Belo Horizonte, Leonardo Ferraz, que, em suas palavras iniciais, destacou que “governos não auditáveis são terras férteis para o totalitarismo, autoritarismo e abuso de poder”.
 
Conferência final e homenagens
 
O ministro do Tribunal de Contas da União, Antônio Anastasia, encerrou o congresso com uma conferência que debateu o direito administrativo e a segurança jurídica no país. Além disso, o Instituto Mineiro de Direito Administrativo prestou uma homenagem aos membros fundadores do IMDA: Edimur Ferreira de Faria, Plínio Salgado, Pedro Paulo de Almeida Dutra, Vicente de Paula Mendes e Maria Coeli Simões Pires. O conselheiro corregedor do TCEMG, Durval Ângelo, participou do último dia de atividades do congresso.
 
Clique abaixo e veja as fotos do evento
 

XII Congresso Mineiro de Direito Administrativo

 
 
Lucas Borges / Coordenadoria de Jornalismo e Redação