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Diretor-geral do TCEMG participa de debate sobre avaliação de políticas públicas pós-pandemia

27/08/2020

Marconi Braga, diretor-geral do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG)
“A pandemia é uma realidade que trouxe vários transtornos em todas as áreas. Agora devemos criar estratégias específicas de políticas públicas para minimizar esses danos causados pela Covid-19”, disse Marconi Braga, diretor-geral do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), em sua fala de apresentação no webinar Conexão em Rede – Governança para Transformar o Brasil. O evento realizado ontem (26/08) teve como tema “Avaliação de Políticas Públicas pós-pandemia” e foi organizado pela Rede Governança Brasil. 
 
O diretor-geral do TCEMG definiu a avaliação de política pública, no ponto de vista macroeconômico, como uma intervenção do poder público que interessa ao cidadão. ”Há um casamento que sempre conjuga na avaliação de políticas públicas com o planejamento da ação governamental” e citou o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) do Estado de Minas Gerais, que tem uma série de ações a longo prazo e inclui ações de políticas públicas, como um instrumento importante de planejamento. 
 
 
Mestre em administração pública, advogado e também economista, Marconi explicou que não existe um modelo ideal de política pública pois “aquilo que pode funcionar em determinado lugar do Brasil, pode não funcionar em algum lugar da Europa”, mas isso não inviabiliza a utilização de critérios para avaliar os motivos que levaram ao sucesso ou ao fracasso de determinada política pública. “Em tempos de pandemia ou pós pandemia a preocupação sempre vai ser a qualidade do gasto público. Ela está diretamente relacionada com o contexto e a forma pela qual as políticas vão ser formuladas, implementadas e avaliadas”, esclareceu. 
 
“No Brasil não temos a cultura de longo prazo da prestação de serviços públicos através de políticas públicas consistentes. Nós precisamos mudar essa cultura para ter políticas de Estado que deem certo”. Ele usou como exemplo o fato de não haver uma política de Estado para a área da educação no país e lembrou que é preciso se “esforçar para a criação de uma política transversal, de continuidade e que seja de Estado”. Marconi ainda tratou os aspectos relevantes que norteiam as avaliações de políticas públicas e apresentou um material que tratam essas avaliações. Ele também comentou um caso de sucesso de políticas públicas ocorrido no Estado do Espírito Santo. 
 
O evento contou com a participação do ministro do Tribunal de Contas da União e embaixador da Rede Governança Brasil, Augusto Nardes e dos painelistas Hevellyn Albres, ponto de contato nacional para as diretrizes da OCDE sobre Conduta Empresarial Responsável;  Fernando Mitkiewicz, subsecretário de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação do Ministério da Infraestrutura; Douglas Avedikian, chefe de Gestão Estratégica do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul (TCE-MS), especialista em Estratégia, Gestão de riscos e Compliance; e Claudio Costa, diretor do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS-MS) e auditor federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU). A mediação foi feita pelo jornalista Floriano Filho, coordenador de Educação Superior do Instituto Legislativo Brasileiro – Senado Federal.
 
Segundo Augusto Nardes o objetivo do debate é contribuir com o Estado e propor soluções. “A ideia é construir de forma conjunta um documento que será entregue às autoridades competentes em nome da Rede”, explicou o ministro.
 
Luiz Gustavo Ribeiro / Coordenadoria de Jornalismo e Redação