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Diretora-Geral do TCEMG faz palestra em evento sobre combate à corrupção

13/05/2015

Juízes federais, auditores da Receita Federal, procuradores da República, promotores de Justiça, dentre outros agentes públicos (municipais, estaduais e federais) assistiram hoje, (13/5), a palestra da Diretora Geral do Tribunal de Contas de Minas Gerais, Raquel de Oliveira Miranda de Simões, sobre a Rede Nacional de Informações Estratégicas para o Controle Externo – Infocontas. A apresentação ocorreu no “Curso de Capacitação e Treinamento no Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD)”, promovido pela Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG), em parceria com o Ministério da Justiça, no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O evento está sendo oferecido para 200 agentes públicos, no auditório do BDMG. A programação inclui palestras sobre o Sistema Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos, com o diretor do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, Ricardo Andrade Saadi e sobre a Análise Patrimonial como Forma de Combate à Corrupção, ministrada pelo Controlador-Geral do Estado.

O Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (PNLD) surgiu em cumprimento à meta 25 da ENCCLA 2004, com o objetivo de criar um plano integrado de capacitação e treinamento de agentes públicos para disseminar a cultura de prevenção e combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Brasil. Já foram realizadas edições em todos os estados do país, com mais de 14 mil agentes públicos capacitados.

Rede Infocontas

A Infocontas, Rede Nacional de Informações Estratégicas para o Controle Externo, criada em julho de 2013, nasceu com a missão de garantir, juridicamente, “o intercâmbio de informações e conhecimentos entre os vários órgãos de controle”.

A rede agrega a Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil – Atricon, o Instituto Rui Barbosa – IRB e 29 dos 34 tribunais de contas, incluindo o Tribunal de Contas da União (TCU). A recomendação da rede é de que cada Tribunal de Contas tenha sua unidade de inteligência.

Suricato

No TCEMG, o Centro de Integração da Fiscalização e de Gestão de Informações Estratégicas – Suricato é responsável pelo armazenamento das informações estratégicas e, por isso, é a unidade de inteligência da Corte mineira. No início deste ano, o setor foi elevado à condição de Diretoria, pelo Presidente do TCEMG e do IRB, Conselheiro Sebastião Helvécio, tamanha importância que o laboratório de informação estratégica tem para o Tribunal.

O Suricato produz conhecimento para atividade fiscalizatória, acompanhamento de política pública e ações de transparência. Além disso, identifica os jurisdicionados, padroniza e executa limpeza das bases de dados, identifica fontes de dados e de informações complementares, faz estudos preliminares para elaboração de malha eletrônica e prepara malhas temáticas de fiscalização.

Muitos resultados já foram alcançados pelo Suricato. O mapeamento das 3.332 unidades jurisdicionadas, sendo 3.170 municipais e 162 estaduais, considerados CNPJs próprios e distintos; o estudo da legislação e regulamentos do comércio de produtos alvo de fiscalização; o mapeamento do fluxo da compra pública através do estudo da Nota Fiscal eletrônica e outras bases; a especificação dos critérios para a construção de malha eletrônica na ferramenta Oracle Business Intelligence Enterprise Edition (OBIEE) e a elaboração de relatórios de inteligência decorrentes da malha de compra pública foram os principais resultados atingidos.

Um exemplo de um alvo de fiscalização do centro de inteligência é em relação à compra de medicamentos. Os jurisdicionados que realizaram compras de medicamentos acima do preço máximo da tabela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são identificados pela malha de compras públicas do centro de inteligência. Com isso, são enquadrados em três posicionamentos das evidências nos focos vermelho, amarelo e verde. O foco verde caracteriza uma situação que não justifica a atuação do Tribunal. O foco amarelo é uma situação de alerta que deve ser registrada na matriz de risco para fins de planejamento das ações de fiscalização e envio para Escola de Contas para definição de programas de capacitação. Já o alerta vermelho aponta autuação de processo de Representação / Tomada de Contas Especial contra o agente contendo relatório técnico, cópia da nota fiscal eletrônica, valor de mercado do produto e sugestão de citação do agente com prazo para apresentação de defesa quanto ao valor pago acima do preço praticado no mercado e/ ou outra irregularidade apontada.