Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

Encerramento de Encontro de Conselheiros de Educação debate efeitos da pandemia e Novo Fundeb

04/02/2022

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), através da Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo, realizou hoje, 04 de fevereiro, o segundo dia do V Encontro Mineiro de Conselheiros de Educação. Transmitido pelo canal TV TCE, no YouTube, o evento foi mediado pelo conselheiro substituto do TCE mineiro, Telmo de Moura Passareli.

Convidado para falar sobre os esforços contra os efeitos da pandemia na educação, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, Fabrício Motta, contou que diversas entidades públicas do Estado goiano, como os Tribunais de Contas estadual e municipal, os Ministérios Públicos de Contas, Ministério Público Estadual, Poder Judiciário, Defensoria Pública, entre outros criaram o Gabinete de Articulação para a Efetividade da Política da Educação (GAEPE) para cumprir e pensar juntos as decisões que devem ser tomadas, considerando a situação atual.

No que tange à Educação, Fabrício destacou que além das funções contábeis e financeiras de um órgão de controle externo, como a fiscalização de editais de concurso público, análise de licitações, remuneração, averiguação da aplicação do investimento mínimo na área etc, os tribunais de contas têm se dedicado cada vez mais a outros deveres, como a elaboração de políticas públicas, a preocupação com estrutura e o que é levado para dentro das salas de aula.

O conselheiro destacou o trabalho realizado nos Tribunais de Contas dos Estados de Minas Gerais e Santa Catarina, além das atividades desenvolvidas pelo Instituto Rui Barbosa, como exemplos na atuação do ensino. Motta acredita que em pouco tempo todas as “promessas” feitas pela Constituição Federal em relação ao direito fundamental à Educação estarão sendo cumpridas.

Em seguida, o secretário adjunto de Educação no município de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, Caio Callegari, falou sobre quais sãos perspectivas a partir do Novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), programa para ser executado entre os anos de 2022 e 2025. Um dos responsáveis pela criação do primeiro GAEPE municipal, Caio traçou um parâmetro histórico do financiamento da educação no Brasil e garantiu que o país passa por um momento de equidade educacional, com melhores investimentos na área.

Para comprovar a afirmação, o secretário usou o Manual para medição de equidade da educação, criado em 2019 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O documento pontua a valorização do esforço, imparcialidade, igualdade de condições e a equidade vertical como conceituações para o termo. Callegari disse que o Novo Fundeb pode ser considerado um marco de equidade, pois reconhece os esforços estaduais e municipais para o avanço da educação e destina mais recursos para as entidades que apresentam maiores desempenhos e também valorizam as cidades que têm menos verba para Educação, mas que se esforçam para obter um bom ensino.

Para finalizar, o Coordenador de Operacionalização do Fundeb Leomir Araújo mostrou boas práticas para o controle social na instrumentalização do Novo Fundo. Servidor efetivo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Leomir sinalizou ações que podem ser desenvolvidas para utilizar a verba destinada à educação de forma consciente.

O Encontro é realizado desde 2018 e faz parte do Programa Na Ponta do Lápis, projeto criado pelo Tribunal de Contas de Minas, constituído de ações integradas de controle, de cooperação com os gestores públicos, de fomento ao controle social para auxiliar a área da educação no Estado. Ele atende às recomendações da Resolução Atricon nº 03/2015, na qual foram estabelecidas dezenove diretrizes para atuação indutora e propositiva dos Tribunais de Contas na concretização dos instrumentos gerenciais da Lei 13.005/2014, que instituiu o Plano Nacional de Educação e seus desdobramentos.

Ontem, mediado pelo conselheiro corregedor Durval Angelo, o evento reuniu o professor Gregório Grisa, que falou sobre as políticas educacionais nos últimos 20 anos e os desafios da próxima década; o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo Rodrigo Coelho do Carmo, que abordou o contexto da Política Pública de Educação no Estado; e o conselheiro do TCE mineiro Cláudio Terrão debateu sobre a importância da participação e do planejamento para a educação em Minas Gerais.

Para assistir o encerramento do V Encontro Mineiro de Conselheiros de Educação, clique aqui.


Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação