Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

Encontro Técnico aborda inovações legislativas de interesse dos municípios

09/11/2022

Foto: Hernando Garcia

Durante a tarde desta quarta-feira, 9 de novembro, a etapa em Belo Horizonte do Encontro Técnico TCEMG e os Municípios 2022 cuidou de inovações legislativas de interesse dos agentes públicos municipais que compareceram à sede do Tribunal de Contas.

A analista de Controle Externo do TCEMG Milena de Brito Alves falou sobre a Nova Lei de Licitações. Ela tratou de governança, vigência, regulamentação, planejamento, contratação direta, entre outros aspectos da Lei 14133 de 2021.

Milena afirmou que é necessária uma mobilização em torno do problema das regulamentações, uma vez que poucos municípios publicaram suas normas para implementação da nova lei de licitações e contratos públicos. Ao mesmo tempo, demonstrou a analista, há a exigência legal da edição de regulamento para, por exemplo, procedimentos de leilão, definição do maior dispêndio, critério de desempate, registro de preços, registro cadastral, prazos e métodos para recebimento dos objetos, contratação por meio de sistema eletrônico. Ela alertou que, a partir de abril do ano que vem, o uso da nova lei será obrigatório, e, assim, a falta de regulamentação poderá impedir as aquisições. Entretanto, informou, há a possibilidade de aplicação dos regulamentos da União.

O planejamento da licitação é a mais forte mudança na nova lei, na opinião de Milena Alves. Ele “ganhou a importância que deveria ter desde sempre”. Ela explicou que agora deve haver a previsão dos riscos envolvidos no procedimento e a definição de como eles serão tratados. Outra novidade é a adoção obrigatória de instrumentos de planejamento, que já eram usados com sucesso pela União, disse.

Fundeb

Logo após, os analistas de Controle Externo Ana Carolina de Macedo e Marques Lanna (coordenadora de fiscalização da macrogestão estadual) e João Henrique Medeiros trataram do Novo Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.

Ana Carolina explicou que o fundo é importante por constituir uma das principais fontes de financiamento do ensino no país. Para ela, a maior preocupação é que o Fundeb atinja sua finalidade: melhorar a educação. “Muitos recursos chegam aos municípios, mas eles estão se convertendo em ensino de qualidade lá na ponta?”, perguntou.

Medeiros esclareceu que o Fundeb é um mecanismo de redistribuição, que pretende transferir valores de municípios que têm poucos alunos e muitos recursos para outros municípios que em sua realidade observam número elevado de alunos e pouco dinheiro. “A intenção é nivelar o valor do investimento por aluno”, sintetizou.

A tarde de capacitação também contou com apresentações da Associação Mineira de Municípios (AMM) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).


João Cerqueira / Coordenadoria de Jornalismo e Redação