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Financiamento da Educação e Orçamento Secreto são debatidos de Congresso Internacional

04/11/2022

Com a formação completamente feita por meio do ensino público, a procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo, Élida Graziane Pinto, foi a primeira palestrante do Painel 6 do 1º Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania, na manhã do dia 04 de novembro. A mineira falou sobre O Financiamento da Educação e o Brasil como país do futuro e os desafios que são encontrados nas barreiras do erário. “Eu sei o que é precisar de escola pública para ser o que eu sou hoje”, ressaltou.

Professora da Fundação Getúlio Vargas, Élida passeou pelo cenário atual econômico brasileiro, em diferentes setores, e afirmou que o futuro da educação pública já está traçado pelo Plano Nacional de Educação (PNE), porém deve ser cumprido para que haja alguma evolução nas instituições de ensino nacionais. Entre as ações, o Plano pretende universalizar a educação infantil e o ensino fundamental, dar maior acesso à população de 4 a 17 anos com deficiência, alfabetizar todas as crianças e ampliar o investimento público, a fim de atingir uma porcentagem maior do Produto Interno Bruto (PIB).

Em seguida, o repórter da revista Piauí, Breno Pires, foi convidado para falar sobre o Orçamento Secreto e a institucionalização da corrupção. O jornalista investigativo explicou como surgiu o termo, que pode assustar os leitores. Para Breno, orçamento secreto é um esquema de compra de apoio no Legislativo pelo Executivo, e é operacionalizado com emendas de relator-geral do orçamento, identificadas no orçamento com o marcador da diferença entre Receitas e Despesas, o resultado primário.

A mesa foi presidida pela procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais, Sara Meimberg. Além dos assuntos tratados no Painel 6, o Congresso também trouxe os impactos da entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); controle de constitucionalidade das normas tributárias pelo Direito Financeiro; a boa governança como ferramenta de efetivação do direito ao desenvolvimento; índice de efetividade da Gestão Municipal, entre outros temas para serem debatidos.

O evento foi realizado por uma parceria entre o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), o Tribunal de Contas paulista (TCESP), a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Rui Barbosa (IRB) e o Instituto de Direito Financeiro (IDFin). Sediado no Auditório Vivaldi Moreira do TCE mineiro, em Belo Horizonte, o Congresso também foi transmitido pelo YouTube. O principal objetivo de encontro foi ampliar o estudo do Direito Público, envolvendo, sobretudo, o Direito Financeiro e Constitucional em suas relações com a cidadania e o ideal democrático.

Cliquei aqui e assista, na íntegra, as palestras da parte da manhã do segundo dia do Congresso.

Fred La Rocca / Coordenadoria de Jornalismo e Redação