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II Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas reúne autoridades em São Paulo

01/12/2016

O presidente Sebastião Helvecio (Foto: Gregory Grigoragi)

Na presença de mais de 300 participantes, o Instituto Rui Barbosa (IRB), com a colaboração institucional do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) abriu oficialmente, na quarta-feira, 30/11, o II Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas, realizado este ano na Universidade Nove de Julho (UNINOVE), em São Paulo. Conselheiros, prefeitos, deputados, corregedores, auditores, oficiais da polícia além de gestores, servidores públicos, professores e estudantes de todo o Brasil reuniram-se no Auditório Avenida Paulista para acompanhar a abertura do 1º dia de congresso, que será encerrado na sexta-feira, 02/12.

O presidente do IRB e do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), conselheiro Sebastião Helvecio, destacou que o congresso internacional é eminentemente técnico onde serão discutidas métricas empíricas baseadas na racionalidade para se chegar a resultados, mas alertou que se deve ter como premissa fundamental reconhecer que não existe na humanidade invenção maior do que a política. “Você não faz a política sem político, então não podemos banalizar simplesmente imaginando que pudesse haver alguma solução sem que antes passe pela política. Se não for a política a única solução alternativa é a guerra”, disse. Sebastião Helvecio lembrou que nesse ambiente deve-se ter a coragem de identificar as boas práticas e criminalizar, sancionar pesadamente, aqueles que fazem as más práticas, “quer seja a midiática corrupção que desperta a mídia como sendo uma fênix renascendo das cinzas, mas também a ineficiência do gestor publico”.

O conselheiro continuou sua abertura como exemplo a figura da Deputada Estadual no Pará, Ana Cunha, para explanar sobre o verbo “deputar” em seu significado e sua representação. “Deputar é realmente um verbo extraordinário, talvez o mais importante para a democracia e por isso eu fico entusiasmado quando nós temos a oportunidade, em um evento como esse, de criar um conhecimento científico que pode ser colocado às mãos do eleitor para que ele faça a melhor escolha possível. Esse talvez seja o maior desafio dos órgãos de controle, enxergar esse divisor, até onde eu ofereço a opção para uma de decisão respeitando que quem tem deve tomar a decisão não é o órgão de controle, é aquele que o povo, pelo exercício universal do voto, escolheu para representar. Essa é uma lição que temos que colocar como ponto de referência para tudo àquilo que vamos trabalhar”, explicou.

Disse ainda que se todas as instituições (executivo, legislativo, judiciário, ministério público, tribunais de contas, defensoria pública) poderosas, muito caras para o orçamento público, não tiverem a percepção de que elas tem de mudar o seu modo de atuar elas certamente não serão reconhecidas pelo eleitor que financia todo esse custo do aparato governamental. “Nós temos que ter a humildade de quem erra e a sinceridade de quem ama de que a nossa função, em qualquer um desses espectros da administração publica, não é voltar os olhos para a nossa instituição, carreiras com vencimento acima do permitido, relapso na carga horária, relapso na produção daquilo que é ofertado. Nós temos que entender que o grande sinal de mudança é que nós tenhamos um compromisso de oferecer ao cidadão um produto de qualidade daquilo que nós trabalhamos, seja uma sentença do Juiz, seja uma ação que o Ministério Público abre, seja uma conta que eu julgo. Se não tivermos essa compreensão, nós vamos pagar um preço. A sociedade não aceita mais essa negligencia da administração, como um todo, em relação ao serviço que ela tem”, concluiu.

O presidente Sebastião Helvecio ressaltou que esse congresso será um divisor de águas para a administração pública brasileira. “Amanhã nós iremos lançar, aqui mesmo, o IEGM – Índice de Efetividade da Gestão Municipal. O resultado de 4.037 municípios, o maior levantamento diagnostico de politica publica do Brasil, e muito provavelmente do mundo. Nós vamos revelar por inteiro quanto custa uma merenda na escolar, quanto custa a manutenção do aluno, quanto recebe o vereador. Todos os custos serão mostrados no âmbito municipal”.

O conselheiro Dimas Ramalho manifestou a sua satisfação em poder participar deste evento que possibilita a oportunidade de dividir as experiências do Estado de São Paulo com todo o Brasil. “Temos a plena consciência de que é preciso evoluir no controle externo das políticas públicas. Não faz sentido ficar apenas nos formalismos. É preciso avaliar e fiscalizar a efetividade dos gastos. Se o dinheiro é gasto, a saúde e a educação precisam evoluir”, disse.

O Secretário de Justiça e da Defesa da Cidadania Márcio Fernando Elias Rosa, que representou o governador Geraldo Alckmin reforçou que a pauta deste Congresso é atual e pertinente, assim como os debatedores, “tenho certeza que daqui sairão conclusões que ajudarão o país a superar este momento de crise econômica e política.” 



Fonte: IRB