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Inovação na administração pública é debatida por servidores durante palestra

08/03/2019

 “O nosso objetivo é dividir com os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) – já que, talvez, sejam os órgãos que tenham maior semelhança com os desafios que a gente enfrenta -, as experiências do nosso laboratório de inovação e, eventualmente, também, compartilhar como temos superado os desafios semelhantes”. Com essas palavras, a diretora do Centro de Pesquisas, Cultura e Inovação do Tribunal de Contas da União (TCU), Fabiana Ruas, iniciou sua apresentação no Auditório Vivaldi Moreira, na tarde de quinta-feira, 07/03, aos novos e antigos servidores da Corte mineira.

 
Fabiana provocou os participantes com diversos questionamentos. Um deles foi se o servidor público está aproveitando todo o potencial que a tecnologia tem para desenhar políticas públicas, estimular o cidadão em algum comportamento ou para cuidar da saúde do cidadão. A mestre e bacharel em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) usou como exemplo a experiência do Hospital Israelita Albert Einstein, considerado pelo Ministério da Saúde um hospital de referência,  modelo na área da saúde. O hospital recebe alguns descontos em impostos, porém, em contrapartida, precisa desenvolver projetos para compartilhar experiências com o SUS. Ela ainda comentou que o Ministério da Saúde, num momento de estímulo à inovação, a convidou para ajudar a desenhar um projeto.  “Fiquei muito impressionada com a tecnologia que eu vi desenvolvida e que de fato a gente – servidor público – pode buscar inspiração e até copiar”. Ela disse que uma das equipes que conheceu é a de telemedicina,  que faz atendimento à distância.
 
Fabiana apresentou experiências, ferramentas e meios para a criação de soluções inovadoras para problemas que já sofremos ou estão por vir. Ela ainda compartilhou que nos últimos dois anos, numa tentativa de mudar a maneira como as pessoas do TCU comunicam as suas ideias, a Escola do Tribunal de Contas da União ofereceu alguns cursos relacionados a como fazer uma apresentação, não só no aspecto visual, mas também de como desenhar a história da mensagem que de fato quer ser passada. “As crianças de hoje já crescem sabendo apresentar, se comunicar com o público, é um mundo diferente, e se observarmos os mais jovens você vai saber mais rápido para onde o mundo está caminhando. Para mim as aulas de apresentação faziam muita diferença; para as crianças e jovens de hoje não, pois eles respiram esse mundo por meio da era digital, se espelhando nos youtubers”, explicou.
 
Após esse momento, a plateia foi convidada a participar de uma dinâmica, imaginar que seriam lotados num laboratório de inovação do TCE que acabou de ser criado e teriam um desafio que é descobrir “como estimular a inovação na administração pública para a criação de novas políticas públicas e serviços”. A palestra se desenrolou com dinamismo e interação, os servidores a todo momento participaram opinando em formato de respostas virtuais, dadas através de um site que eles acessaram em tempo real pelos seus smartphones e que foram projetadas no telão do auditório e comentadas pela palestrante. “Pensando nesse Governo para esse futuro, quem vai construir esse Governo? Quem vai construir a administração pública que abraça esse futuro? É a partir desses questionamentos que quero convencê-los de que é possível ser um servidor de órgão de controle e criar a inovação na administração pública e de que precisamos estimular essa inovação para a criação de novas políticas públicas de serviços”, declarou a especialista.
 
Durante 3h30min de palestra, os participantes foram provocados a repensar a forma como a inovação pode trazer inúmeros benefícios à sociedade e ao planeta e como a administração pública ainda está distante da realidade já oferecida pela tecnologia. “A gente precisa se preocupar em adotar a era digital para trazer para dentro das nossas políticas públicas”, afirmou ela. “Seja por meio das fiscalizações ou do tipo de comportamento que vocês vão induzir no setor público com seus questionamentos. Se o Tribunal de Contas adota uma tecnologia, uma metodologia, ou um processo de trabalho, os gestores se sentem mais confortáveis para fazer o mesmo. Então isso é de fato uma coisa que faz a diferença na postura que o órgão de controle vai ter em relação à inovação e, consequentemente, isso faz a diferença no restante de toda a administração pública” finalizou.
 
Coordenadoria de Jornalismo e Redação / Luiz Gustavo Ribeiro