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MPC debate prescrição nos tribunais de contas brasileiros

07/11/2022

Procurador geral do MPC, Marcílio Barenco, abre o seminário - Foto: Fred La Rocca
“Prescrição nos Tribunais de Contas à luz dos recentes entendimentos firmados pelo STF”.  Foi este o tema de um seminário promovido pelo Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais (MPC-MG) nesta segunda-feira (7), que apresentou opiniões e estudos aprofundados de especialistas em diversas áreas do direito, representantes de instituições, auditores e professores, que, em sete horas-aula, contribuíram para aumentar as discussões e os entendimentos sobre as novas decisões e os seus impactos nos tribunais de contas.
 
Ao final da primeira rodada de debates, na parte da manhã, o procurador-geral do MPC do TCEMG, Marcílio Barenco, disse que uma das propostas apresentadas é a criação de uma lei federal que possibilite uniformizar os temas envolvendo a prescrição dentro dos tribunais de contas. Segundo ele, o tema “está em voga” e vem sendo discutido no âmbito dos tribunais de contas brasileiros, principalmente após a recente regulamentação da Resolução 344 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em outubro deste ano. 
 
Na opinião de Marcílio Barenco, o STF “não esgota todas as questões aplicadas à espécie da prescrição e seus termos iniciais” e por este motivo o debate de soluções e a qualificação técnica dos participantes do seminário “é de extrema importância”, o que garantirá mais segurança jurídica na aplicação da prescrição no âmbito dos tribunais.
 
“Hoje foi apresentada uma proposta no sentido de acabar com as assimetrias no âmbito nacional e uniformizar uma lei nacional sobre o tema [...] Queremos plantar uma semente. A gente sabe que uma lei nacional, que se aplicaria a todos os entes, faz parte de um processo legislativo e que o Congresso é que necessita ser instado por meio de seus parlamentares”, afirmou o procurador.
 
O conselheiro Licurgo Mourão foi um dos convidados da primeira mesa de debates, com o tema “Fixação do Marco Inicial da Prescrição Intercorrente nas ações de Controle Externo”. Ao se pronunciar, discorreu sobre o papel institucional do Tribunal de Contas, destacando suas competências e também reflexões sobre o uso de inteligência artificial para alcançar maior agilidade e efetividade de atuação. 
 
Segundo o conselheiro, a Resolução 344 do TCU é que deve ser aplicada no âmbito federal e, que em Minas Gerais, já existe uma legislação que contempla o tema.  “Acredito que uma resolução que venha trazer uma hipótese de prescrição não prevista em lei, ela seria, no meu entender, uma resolução que estaria contrariando não só o decidido pelo STF, mas também a lei aditada pelo Poder Legislativo Mineiro”, opinou. 
 
 
Participantes – O evento foi dividido em dois períodos. Na parte da manhã o presidente da Associação Nacional de Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC), Ismar Viana, apresentou o tema: “A Prescrição diante das alterações na Lei de Improbidade Administrativa e das recentes decisões do STF”. 
 
Na sequência, foi a vez do auditor federal de controle externo e assessor de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Odilon Cavallari de Oliveira falar sobre a “Prescrição da Pretensão Ressarcitória: discussão no âmbito do TCU”. 
 
Encerrando o período da manhã, Edilberto Carlos Pontes Lima, presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB) e conselheiro do TCE-CE, abordou o tema “Diagnósticos da Aplicação da Prescrição da Pretensão Ressarcitória nos Tribunais de Contas”. 
 
Mesas-redondas- “Fixação do Marco Inicial da Prescrição Intercorrente nas ações de Controle Externo” foi o tema da primeira mesa de debate.  O subprocurador-geral do MPC-MG, Daniel de Carvalho Guimarães, mediou os debatedores Licurgo Mourão, conselheiro substituto do TCEMG e Érico Andrade, professor da faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
 
A segunda mesa-redonda, com o tema “Causas Interruptivas e Prescrição Intercorrente nas ações de Controle Externo”, teve como moderadora Maria Tereza Fonseca Dias, assessora do procurador-geral do MPC-MG. A mesa teve o presidente do CNPGC e procurador do MPC-SP Thiago Pinheiro Lima e Luiz Henrique Lima, conselheiro substituto do TCE-MT, como debatedores. 
 
 

Felipe Jácome/Coordenadoria de Jornalismo e Redação