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Presidente do TCEMG defende olhar diferenciado para o audiovisual e destaca potencial da arte para 'reencantar a educação'

30/06/2025

Conselheiro-presidente ressaltou a criatividade do audiovisual como caminho para os estudantes serem agentes de sua própria educação - Foto: Vinícius Dias/TCEMG

O presidente do Tribunal de Contas (TCEMG), conselheiro Durval Ângelo, abriu as discussões sobre "Preservação e educação: a alma viva do cinema brasileiro", no 20º Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros e do Encontro da Educação: XVII Fórum da Rede Kino, em Ouro Preto.

O debate de sexta-feira (27/6) trouxe uma reflexão, conforme os organizadores, sobre o audiovisual como memória viva que reflete a identidade, a história e os desejos do país. O entendimento é que a defesa do patrimônio audiovisual brasileiro representa um ato político, educativo e coletivo, que exige responsabilidade do Estado e o envolvimento ativo da sociedade.

Na ocasião, Durval Ângelo chamou a atenção, justamente, para a defesa da cultura, do audiovisual e de toda manifestação de arte.

"A gente tem que ter um olhar um pouco diferenciado sobre a questão do audiovisual, que está dentro de uma economia criativa, que gera muitos empregos, além de despertar as fomes de beleza nos corações das pessoas", destacou. "Nesse sentido, o Tribunal tem investido em atividades culturais e em ajudar os agentes na questão das leis de fomento, nas suas prestações de contas", pontuou.

Potencial transformador

Para o conselheiro-presidente, os 20 anos da Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP) simbolizam uma vitória da sociedade, da cultura e de todos aqueles que acreditam e contribuem para ampliar a participação social e, no contexto formador, ajudar a reencantar a educação.

"A gente tem que ter clareza de que o conhecimento não passa somente pelo uso da razão. O grande desafio da educação é ensinar a condição humana, entender as pessoas com seus pontos de vista diferentes. E o cinema é uma ferramenta para ajudar a trabalhar essa dimensão", avaliou.

"O audiovisual ajuda, de alguma forma, a desenvolver valores nas próprias escolas e não tornar o saber fossilizado, como se os alunos tivessem que aprender ou ter acesso somente ao conhecimento daquilo que já foi produzido", ponderou. "A criatividade do audiovisual permite que o próprio aluno seja também agente de sua educação e possa produzir saber", complementou.

Acompanharam Durval Ângelo no debate a deputada federal Jandira Feghali; a secretária Nacional de Audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga; o presidente do Conselho Nacional de Educação, Cesar Callegari; o diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Paulo Alcoforado; e o reitor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Luciano Campos da Silva. A mediação ficou a cargo da professora e pesquisadora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Laura Bezerra.

Outras informações sobre a CineOP podem ser conferidas neste link.

20º CineOP