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Programa promete celeridade em momento atual e benefícios futuros para TCE mineiro

30/06/2020

(Reprodução Internet)

Ninguém estava preparado para que um vírus chegasse, nos trancasse em casa, assustasse o mundo inteiro e atrasasse vários planos. A tecnologia tem sido a principal aliada neste momento, encurtando distâncias, suavizando o isolamento social, simplificando prazos legais e vários outros benefícios. Entre lives de artistas em redes sociais, facilitação de teletrabalho, comemoração de aniversários por videochamadas, aplicativos para reuniões virtuais, videoconferências, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) também teve que criar novas estratégias para amenizar as consequências que a Covid19 pode causar ao trabalho, como o adiamento de sessões plenárias e a deliberação de processos.

E é por esse motivo que o Programa Tribunal Digital ganhou mais força durante a quarentena. A proposta já estava em execução desde o início da gestão do atual presidente, conselheiro Mauri Torres, porém o afastamento presencial das atividades e a situação emergencial que o coronavírus tem gerado fizeram com que ela ganhasse mais visibilidade. Segundo o diretor de Gestão Estratégica e Inovação do TCEMG, Alexandre Lima, o objetivo é “dotar o Tribunal de instrumental tecnológico, normativo e operacional que permita a informatização, a agilização e melhoria qualitativa de seus processos de trabalho finalísticos”.

Entre as 10 ações que estão sendo desenvolvidas dentro do programa, Alexandre destaca o Plenário Virtual, que tem a finalidade de permitir a realização de sessões de todos os colegiados em sistema informatizado, de forma remota e concomitante. O projeto vai trazer agilidade, transparência e praticidade para as reuniões colegiadas. Outra atividade que o diretor enaltece é a implantação definitiva do processo eletrônico para todas as naturezas. “A ideia vem desde o biênio 2013/2014, porém, no presente momento, percebemos que o processo eletrônico tornou-se uma necessidade urgente a curto prazo, para garantir não só agilidade à tramitação processual, transparência e segurança da informação, como também favorece, especialmente, o regime de Home Office, que pelas restrições sanitárias e questões de espaço físico, deverá ser ampliado. Nesse cenário, o processo eletrônico permite a distribuição remota aos servidores executores e dispensa a trabalhosa coleta e entrega de autos físicos”, exemplificou o diretor. A realização dos processos de forma digital também elimina os custos associados a papel, capas e impressão, além de reduzir o ônus de jurisdicionados, partes e procuradores, já que eles vão poder tomar conhecimento do processo e se defender de forma remota, sem necessidade de deslocamento à sede do TCE.

Todas as ações ganharam força ou surgiram com o advento do Corona. O movimento de acelerar a implementação total do programa garante benefícios futuros ao TCEMG, ultrapassando as questões pontuais da pandemia. Uma das vantagens chegou com a Portaria Pres. nº 41/2020, que determinou que o “nascimento” dos processos autuados será de forma eletrônica, mesmo que eles se baseiem em documentos físicos. O diretor de Gestão Estratégica e Inovação lembra que a “portaria anterior também estabeleceu o e-TCE como meio eletrônico e sistema oficial de protocolo virtual, estando em curso sua modernização e adequação para recepcionar diversos formatos e tipos de documento, substituindo de uma só vez o e-mail, fax e o encaminhamento em papel das defesas, diligências, denúncias, recursos e demais documentos encaminhados ao TCE por jurisdicionados, partes e procuradores, redundando em economia para todos, além de maior agilidade e transparência”. A presidência tem estudado a possível contratação de uma empresa especializada na prestação de serviço de digitalização, para acelerar a digitalização dos processos que se encontram ainda em meio físico. “Concretizando-se tal ação, prevemos que, no intervalo de um ano, não existirão mais processos físicos em tramitação no Tribunal”, alertou Alexandre.

O Programa Tribunal Digital está no Plano de Gestão do biênio atual e foi publicado na Portaria Pres. nº 17/2019. A aceleração para efetivá-lo é uma das ações emergenciais que o Tribunal de Contas de Minas Gerais tem tomado. A adoção de sessões por videoconferência, enquanto o projeto Plenário Virtual está em desenvolvimento, a implantação definitiva do Processo Eletrônico, a regulamentação da digitalização de documentos físicos e da entrada de documentos eletrônicos pelo e-TCE, o desenvolvimento e lançamento do Portal COVID 19, entre outros posicionamentos também fazem parte dessa atitude.

Vale lembrar que o Tribunal Digital é aliado da Revisão Normativa do TCE, também prevista no Plano de Gestão, que pretende atualizar toda a base de consultas respondidas, os atos normativos, como resoluções e Instruções Normativas, e o próprio Regimento Interno, que passa por reforma completa, “com objetivo de promover um ambiente de clareza e segurança jurídica, interna e externamente, além de modernizar procedimentos francamente obsoletos ou desnecessários, diante ao salto tecnológico dos últimos anos”, finalizou Alexandre.

Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação