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Projeto Suricato é apresentado aos servidores

04/04/2013

A Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Conselheira Adriene Andrade, abriu o evento de apresentação da Política de Fiscalização Integrada (Projeto Suricato) aos conselheiros, auditores, procuradores e servidores do TCEMG, realizado  quinta-feira, 04/04/2013, no Auditório Vivaldi Moreira. A Conselheira Adriene Andrade ressaltou a importância de os servidores conhecerem o projeto. “Essa mudança de paradigma vai atingir toda a Casa. Os servidores são os primeiros que devem entender o funcionamento da ferramenta, pois são eles que vão trabalhar mais diretamente com ela”, lembrou.

Para a Presidente, o Projeto Suricato trará mais seletividade e eficácia nas ações de controle do TCEMG. “O Tribunal escolhe a relevância dos dados fornecidos a partir das  pesquisas realizadas e dos fundamentos da Política de Fiscalização Integrada e suas ferramentas de Tecnologia da Informação”, concluiu a Conselheira.

O Vice-Presidente do TCEMG, Conselheiro Sebastião Helvecio, coordenador do projeto, apresentou a Política de Fiscalização Integrada e agradeceu a todos que colaboraram para o desenvolvimento de um trabalho pioneiro, dentre todos os tribunais de contas do Brasil. “Quero deixar claro a minha alegria de podermos conversar sobre uma política feita inteiramente dentro da Casa e agradecer a todos os servidores que nos ajudaram a chegar neste ponto.”

O Suricato

Instituída pela Resolução nº 10/2011, de 22/06/2011, a Política de Fiscalização Integrada (Projeto Suricato) ganhou força com a criação da Assessoria para Coordenação da Fiscalização Integrada, por meio da Resolução Delegada 01/2013, de 03/03/2013.

“A política recebeu o nome de Suricato por representar o nome de um animal com um grande espírito de equipe, que tem um vasto número de predadores e, por isso mesmo, extremamente vigilante”, ilustrou o Conselheiro Sebastião Helvecio.

O Projeto Suricato foi criado a fim de proporcionar maior objetividade às ações de controle do Tribunal de Contas. O ponto de partida foi um levantamento realizado pelos servidores, com dados exclusivos do TCE, para identificar quais eram os principais entraves encontrados na fiscalização das contas públicas. A partir daí, o Tribunal diagnosticou um baixo aproveitamento das ferramentas e tecnologias de integração de dados e informações disponíveis interna e externamente nas ações de controle externo. Dentre os problemas a serem solucionados, foram enumeradas a fragilidade dos procedimentos de seletividade e planejamento das ações de fiscalização; a demora na apresentação de soluções para integração de informações internas e externas; pouca articulação com instituições públicas e privadas; passividade nas ações de fiscalização e insuficiente capacidade de armazenamento e processamento das informações disponíveis.

Com base nesse diagnóstico, foi elaborado um marco teórico desenvolvido com a metodologia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e foi realizado um mapeamento dos sistemas informatizados do TCE para a construção da nova política de fiscalização. Um dos benefícios imediatos do levantamento foi a identificação de quase mil jurisdicionados - órgãos e entidades sujeitos ao controle do TCEMG - que não eram alcançados pela fiscalização da Corte de Contas.

De acordo com o Conselheiro Sebastião Helvecio, o montante de recursos fiscalizados pelo TCEMG é de R$ 85 bilhões, incluídas as receitas orçadas do Estado e dos municípios. Diante do volume de recursos, do novo universo de 3.332 jurisdicionados e da extensão territorial de Minas Gerais, o Suricato vai ajudar a identificar “o que”, “quando” e “onde” fiscalizar.

A atuação pontual, proativa e mais efetiva do TCE surge a partir da criação das malhas temáticas de fiscalização, ferramentas de tecnologia da informação constituídas a partir do cruzamento de dados dos sistemas informacionais do Tribunal com dados dos sistemas de organizações parceiras do controle externo e outros dados e informações úteis à fiscalização.

O Vice-Presidente Sebastião Helvecio encerrou a exposição com uma convocação aos servidores que queiram sugerir novas ideias para a fiscalização integrada. “Apesar de todas as ferramentas de tecnologia da informação disponíveis atualmente, nada é capaz de superar a argúcia do ser humano e se esse estiver motivado torna-se imbatível”, justificou o Conselheiro.


Thiago Rios Gomes / Coordenadoria de Jornalismo e Redação