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Revista do TCE homenageia o escritor mineiro Mário Palmério

04/10/2010

A Revista do Tribunal lançou seu terceiro número de 2010, referente aos meses de julho, agosto e setembro. A publicação tem o objetivo de divulgar atos, pareceres e decisões do TCEMG, que orientem os jurisdicionados quanto à aplicação dos recursos públicos, além de publicar doutrinas jurídicas que promovam o debate acadêmico.

A última Revista dá sequência ao ciclo de homenagens a alguns dos grandes escritores mineiros e elege como agraciado o romancista e político Mário Palmério, que ilustra a capa do periódico.

A seção “Entrevista” traz o Presidente do TRE-MG, Desembargador Kildare Gonçalves Carvalho discorrendo sobre a Lei da Ficha Limpa, o voto obrigatório, o voto distrital e outras questões eleitorais relevantes.

As páginas destinadas às notícias do TCE dão destaque, entre outros assuntos, à apresentação do SICOM, novo sistema informatizado para remessa de dados municipais, e ao lançamento do Diário Oficial Eletrônico, órgão oficial eletrônico para publicação, divulgação dos atos administrativos e processuais e comunicação em geral.

Cinco artigos integram o capítulo dedicado à Doutrina e, na sequência, constam relevantes pareceres e decisões do Tribunal no terceiro trimestre do ano.

Criada em dezembro de 1983, a Revista é dirigida atualmente pelo Vice-Presidente do Tribunal, o Conselheiro Antônio Carlos Andrada.

Para ter acesso à íntegra da publicação, clique no ícone “Revista” à direita da página inicial do Portal.

Pequena biografia de Mário Palmério

O romancista e político mineiro Mário Palmério nasceu em Monte Carmelo em 1916, e faleceu em Uberaba em 1996. Foi o quarto ocupante da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 4 de abril de 1968, na sucessão de Guimarães Rosa.

Filho de Francisco Palmério e Maria da Glória Palmério, foi casado com Cecília Arantes Palmério, com quem teve dois filhos. Fez seus estudos secundários em Uberaba e Araguari, licenciando-se em 1933. Em 1936, ingressou no Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, sendo designado para servir na sucursal de São Paulo.

Na capital paulista, iniciou-se no magistério secundário, como professor de Matemática no Colégio Pan-Americano. Em 1939, matriculou-se na seção de Matemática da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, época em que passou a lecionar também no Colégio Universitário da Escola Politécnica, por nomeação do Governo daquele Estado.

Atraído pelo progresso que alcançava Uberaba e toda a região do Triângulo, Mário Palmério deixou São Paulo para abrir naquela cidade mineira o Liceu do Triângulo Mineiro. Em 1947, o Governo Federal autorizou o funcionamento da Faculdade de Odontologia do Triângulo Mineiro, fundada por Palmério, que deu o primeiro passo para a transformação de Uberaba em cidade universitária.

Fundou ainda, em 1950, a Faculdade de Direito e, em 1953, a Faculdade de Medicina. Nessa época exercia o mandato de deputado federal por Minas Gerais, tendo sido eleito em 1950, pelo Partido Trabalhista Brasileiro. Suas atividades desdobraram-se assim em dois setores: o educacional e o da representação parlamentar.

Na Câmara dos Deputados exerceu a Vice-Presidência da Comissão de Educação e Cultura durante todo o seu primeiro mandato (1950-1954). Reeleito em 1954, passou a integrar a Comissão de Orçamento e a Mesa da Câmara.

Estréia na vida literária aos 40 anos, com o livro "Vila dos Confins”, que “nasceu relatório, cresceu crônica e acabou romance", segundo confessou o próprio autor.

Candidatando-se novamente, em 1958, reelegeu-se, pela terceira vez deputado federal por Minas Gerais. Em setembro de 1962, foi nomeado pelo Presidente João Goulart para o cargo de Embaixador do Brasil junto ao Governo do Paraguai e lá permaneceu até abril de 1964.

De volta ao Brasil, Mário Palmério retoma suas atividades literárias. Isolando-se em sua fazenda, no sertão de Mato Grosso, escreveu” Chapadão do Bugre”, romance para o qual vinha colhendo, desde o êxito de Vila dos Confins, material lingüístico e de costumes regionais, e que recebeu elogios de toda crítica. Lançado em outubro de 1966, o romance teve inúmeras edições.