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SLU acolhe sugestões do Tribunal de Contas que garantem melhoria na coleta urbana

12/11/2019

(Foto: Adão de Souza/ PBH)

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) acolheu, na íntegra, na sessão do dia 07 de novembro, os apontamentos da equipe técnica para a Auditoria Operacional nº 1066626, realizada na Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da Prefeitura de Belo Horizonte. A SLU é a autarquia municipal responsável pela elaboração, controle e execução de programas e atividades voltados para a limpeza urbana.

A equipe técnica da Coordenadoria de Auditoria Operacional (CAOP) do TCE propôs uma série de recomendações e determinações para que sejam corrigidas as deficiências apontadas. Entre as indicações, a área técnica aconselhou a ampliação da coleta noturna e o uso de veículos de diferentes capacidades operacionais para outras regiões administrativas, avaliando fatores como densidade populacional, predominância de residências, características das vias.

Outras medidas recomendadas foram “promover (nas licitações) estudos técnicos para avaliar a divisão de lotes, tendo como fundamento os princípios da economicidade, razoabilidade e proporcionalidade, observando se a natureza dos itens que compõe o lote e as empresas aptas para a contratação, a economia de escala, os custos administrativos envolvidos na fiscalização e controle dos contratos, dentre outros aspectos relacionados ao número dos lotes estabelecidos”; e “aprimorar os estudos técnicos e de viabilidade econômica relacionados à implantação de uma unidade de beneficiamento de vidro, a fim dar uma destinação adequada à estrutura, promovendo melhorias no sistema de coleta, especialmente a seletiva”; entre diversos outros apontamentos.

O trabalho teve como objetivo contribuir para a melhoria e aperfeiçoamento da política municipal de gestão de resíduos sólidos e levantou diversas questões, como quais as maneiras que a Superintendência tem procurado reduzir a quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em aterros.

Motivos

Segundo o relatório do conselheiro Cláudio Terrão, a Superintendência realiza a maior parte dos serviços relacionados ao manejo de resíduos sólidos de forma indireta, por meio de empresas contratadas. As licitações realizadas para essas contratações têm sido alvo de reiteradas denúncias no TCEMG, gerando atrasos e contratações por emergência indicando a possibilidade de falhas operacionais no processo de contratação.

Através da Denúncia nº 887.842, foi determinada a realização da auditoria “para verificação do quadro em que se encontra atualmente aquela autarquia municipal no tocante à prestação de serviços de limpeza urbana, compreendendo sobretudo os serviços de coleta domiciliar, diferenciada e seletiva de materiais recicláveis, papel metal, plástico e vidro, e o transporte dos resíduos provenientes destas atividades para a Central de Tratamento dos Resíduos (CTR), para a Estação de Transbordo da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos (CTRS) e para os Galpões de Processamento e Triagem de Recicláveis, em todas as fases: do planejamento (interna), do procedimento licitatório, dos contratos e aspectos gerais da sua execução”, conforme o relatório.

A limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos são considerados pela Lei Federal nº 11.445/07 serviços de saneamento básico e, portanto, fundamentais para a garantia da saúde pública e preservação do meio ambiente. O relator do processo, conselheiro Cláudio Terrão, afirma que, atualmente em Belo Horizonte, 48,77% do que é aterrado é matéria orgânica, 35,29% é material reciclável e só 15,95% representam rejeitos.

Os gestores responsáveis, Genedempsey Bicalho Cruz, superintendente de Limpeza Urbana, e Fuad Jorge Nomam Filho, secretário Municipal de Fazenda, não apresentaram manifestações contrárias às recomendações propostas, afirmando que várias medidas já estão sendo tomadas.

A melhoria no monitoramento e controle dos contratos; melhoria da mobilidade urbana; maior economicidade das contratações; garantir a boa utilização dos recursos sem afetar o grau de qualidade que a cidade requer quanto à prestação dos serviços; redução dos custos com coleta e destinação de resíduos da logística reversa arcados atualmente pela prefeitura, mas que são de responsabilidade da indústria são só alguns dos benefícios que podem ser obtidos com as recomendações do Tribunal de Contas.

Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação