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Servidores do TCEMG participam de audiência pública no STF para discutir conflitos fiscais entre os estados e a União

25/06/2019

Bruno Oliveira, Marconi Braga e Paulo Bese em audiência no STF

O diretor-geral do TCEMG, Marconi Braga, o consultor-geral, Bruno Oliveira, e o analista de controle externo, Paulo Bese, participaram, nesta terça-feira (25/06), de uma audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), conduzida pelo ministro Luiz Fux, que discutiu os conflitos federativos fiscais entre os estados e a União, relacionados ao bloqueio, pelo ente federal, de recursos dos estados em decorrência de empréstimos não quitados que têm como garantias dinheiro do governo federal que devem ser repassados aos estado.

O tema é objeto da Ação Cível Originária (ACO) 3233, da qual Fux é relator, ajuizada pelo Estado de Minas Gerais, que alega não ter conseguido saldar a parcela anual de um empréstimo contraído com o banco Credit Suisse “em razão da penúria fiscal e da calamidade pública decorrente do rompimento de uma barragem da mineradora Vale, no município de Brumadinho”. Em fevereiro, o ministro concedeu liminar para que a União se abstivesse de bloquear R$ 612,5 milhões das contas do estado e determinou a devolução de eventuais valores já bloqueados.

Para o ministro, ficou claro na audiência que a conciliação é a melhor forma de solução do problema fiscal. “A conciliação é boa, porque nem União nem estado perdem”, pontuou. Luiz Fux afirmou que o encontro foi extremamente útil ao Poder Judiciário. “Nós venceremos essa luta contra um federalismo cruel que está sacrificando União e estados. O sacrifício da União e dos estados é de todos brasileiros”.

O ministro Luiz Fux disse ainda que tramitam na Suprema Corte inúmeras ações que envolvem esses conflitos fiscais. Fux explicou que, nesse contexto, é preciso saber a real situação fiscal de cada estado. Acrescentou que, muitas vezes, o STF é instado a decidir sobre questões que não são meramente jurídicas e destacou que “a audiência pública é não só uma forma de democratizar a Justiça, mas também de trazer ao Judiciário informações técnicas importantes que podem influir nas decisões judiciais”.

Também participaram dos debates a ministra Cármen Lúcia, o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, e o advogado-geral da União, André Mendonça, entre outras autoridades.

Além do endividamento dos estados, também foram discutidos na audiência pública os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) para despesas com pessoal e as operações de crédito e concessões de garantias. 

*com informações do portal do STF