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TCEMG articula regulamentação do ICMS Educacional em Minas Gerais

30/08/2022

Tribunal de Contas (TCEMG) e Governo de Minas Gerais se reuniram, no dia 26 de agosto, para tratar da regulamentação, no estado, das novidades trazidas pela Emenda Constitucional 108/2020, que estabeleceu critérios de distribuição da cota municipal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte e de Comunicação, conhecido como ICMS.

A data coincidiu com o fim do prazo dado pela emenda para os estados aprovarem lei que observe obrigatoriamente a distribuição mínima, aos municípios, de 10% do tributo com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerando o nível socioeconômico dos educandos.

A atuação do TCEMG vai ao encontro da carta aprovada na conclusão do IV Simpósio Nacional de Educação, realizado em Florianópolis, de 9 a 11 de agosto. O documento, entre outros temas, declara a necessidade de que os órgãos de controle “empreendam esforços para que os seus estados aprovem leis de repartição do ICMS Educacional com a efetiva observância de indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos, fomentando o aumento paulatino da qualidade da educação”.

Santa Catarina

Representantes do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) também participaram do encontro (virtual), apresentando seus resultados nessa regulamentação. No estado do Sul, a corte de contas sugeriu os critérios de distribuição de forma a não penalizar municípios com baixa qualidade na educação, o que agravaria o problema.

A contribuição do Tribunal foi acolhida pelo Executivo e pelo Legislativo. A Lei do Estado de Santa Catarina nº 18489/2022 determinou que, desde já, 10% do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios seja distribuído com base no índice “ICMS Educação”, indicador de melhoria na educação. Esse percentual crescerá bianualmente até atingir 15% em 2029.

Participantes

Participaram pelo TCEMG o conselheiro Cláudio Terrão; a chefe de gabinete Rachel Carvalho; o superintendente de Controle Externo, Pedro Azevedo; e a coordenadora de Fiscalização da Macrogestão do Estado, Ana Carolina Lanna. Do governo, estiveram presentes os subsecretários da Secretaria de Estado de Educação, Silas Fagundes de Carvalho, e da Secretaria de Governo, Samir Carvalho Moysés; além de outros agentes públicos dessas pastas e da Fundação João Pinheiro. Do TCE-SC, colaboraram o conselheiro substituto Gerson Sicca, e os servidores Sílvio Sallum e Akauã Bravo.

Segundo a chefe de gabinete do conselheiro Cláudio Terrão, Rachel Carvalho, a iniciativa do TCEMG tem o objetivo de proporcionar uma regulamentação da emenda 108 de forma adequada e com maior velocidade. “Nesse caso, a atuação do tribunal de contas por meio do diálogo interinstitucional é mais importante do que a forma mais comum, com processos e sanções. Assim podemos viabilizar as mudanças na legislação, propondo uma pauta apartidária em benefício do interesse público”, disse.

Ficou acordado que Tribunal de Contas e Governo voltarão a se reunir, num futuro próximo, para retomar as discussões. E já houve um contato da corte de contas com a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, para preparar as necessárias alterações na constituição mineira.

João Cerqueira / Coordenadoria de Jornalismo e Redação