Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

TCEMG discute recursos à luz dos dispositivos da LC 172 e LC173 durante webinário

10/12/2020

O analista de controle externo do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Pedro Henrique Magalhães, representou o TCEMG em webinário, realizado no dia 04/12, pelo TCE mineiro juntamente com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). 
 
O evento promoveu debates sobre a Lei Complementar Nº172, de 15 de abril de 2020, que dispõe sobre a transposição e a transferência de saldos financeiros constantes dos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, provenientes de repasses federais, e sobre a Lei Complementar Nº 173, de 27 de maio de 2020, que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (COVID-19), que a altera a Lei Complementar N° 101, de 04 de maio de 2020.
 
Pedro Henrique falou sobre os impactos para as próximas gestões e fez um retrospecto sobre o histórico de repasses de recursos para os municípios entre 2018 até o atual momento. Segundo ele “essa talvez seja a maior preocupação que possuo como analista de controle externo do TCEMG”. O advogado lembrou que com a pandemia, houve uma redução de duas grandes importantes fontes de receitas para os municípios, as de ICMS e o fundo de participação dos municípios. Por outro lado, como fruto dessa redução de receitas foram aprovadas a medida provisória 938, convertida na Lei 14041 e a Lei complementar 173/2020. “Se de um lado nós tivemos quedas de receitas ordinárias dos municípios, de outro, nós tivemos aportes de recursos para tentar cobrir essa queda de arrecadação”. 
 
Para ilustrar, o analista usou o exemplo de Minas Gerais que teve queda de ICMS (até o mês 11/2020) de aproximadamente 1 bilhão de reais, se comparado ao mesmo período de 2019. Mas que teve uma arrecadação de transferências correntes, fundadas na Lei Complementar 173, que superou 4,4 bilhões, se comparado ao mesmo período de 2019. “Esses repasses extraordinários frutos tanto da medida provisória 938 como da Lei complementar 173/2020 vieram para compensar uma queda de arrecadação e podem ter dado ao município uma falsa sensação de espaço fiscal virtual para aumentar as suas despesas”, explicou ele. 
 
O webinário contou também com palestras de Reinaldo César, contador do COSEMS/MG, que falou sobre os quatro eixos que devem ser acatados sobre a Lei Complementar Nº 173, como o Auxilio financeiro; Suspensão do pagamento da dívida; Alteração LRF como a suspensão do art. 42 e a criação de um novo art. 65 paralelo ao art. 65 que já existia e Despesa com pessoal. Já Blenda Pereira, Assessora técnica em Economia da Saúde do CONASEMS apresentou a integralidade da Lei Complementar Nº172 entre outros assuntos. A mediação do evento foi realizada pelo Presidente do COSEMS/MG e Secretário Municipal de Saúde de Taiobeiras, Eduardo Luiz da Silva
 
Para assistir todo o Webinar, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=sJTb4BI-w44
 
Luiz Gustavo Ribeiro / Coordenadoria de Jornalismo e Redação