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TCEMG recebe exposição sobre a poetisa mineira Henriqueta Lisboa

06/07/2010

O TCE recebe, no mês de julho, a exposição itinerante “Aquela paisagem ninguém a viu como eu”, sobre a escritora e poetisa mineira Henriqueta Lisboa, homenageada na 2ª edição da Revista do Tribunal. A mostra é composta por 17 painéis com fragmentos da obra da autora, ilustrados por artistas anônimos.

Apresentada pela primeira vez em 2001, a exposição foi idealizada pelo Projeto “Acervo de Escritores Mineiros”, em conjunto com o Projeto “Henriqueta Lisboa: uma biografia intelectual”, ambos da Faculdade de Letras da UFMG, em comemoração ao centenário da escritora, que se deu naquele ano. Hoje, os painéis compõem o acervo da Superintendência Estadual de Bibliotecas Públicas.

A mostra é aberta ao público e pode ser apreciada no período de 5 a 31 de julho de 2010, de segunda a sexta-feira, das 7 às 18:30 horas, no Salão Mestre de Piranga, no Espaço Cultural do Tribunal. 

Henriqueta Lisboa – Pequena biografia

A poetisa Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1901, filha do deputado federal João de Almeida Lisboa e de Maria Rita Vilhena Lisboa. Formou-se normalista pelo Colégio Sion, da cidade mineira Campanha, e, em 1924, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Dedicou-se à poesia desde muito jovem. Com “Enternecimento”, publicado em 1929, recebeu o Prêmio Olavo Bilac de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Aderiu ao Modernismo na década de 40, fortemente influenciada pela amizade com Mário de Andrade, com quem trocou rica correspondência entre os anos de 1940 e 1945. Sua produção inclui, além da poesia, inúmeras traduções, ensaios e antologias. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Mineira de Letras em 1963.

Em 1984, recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Foi professora de Literatura Hispano-Americana e Literatura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica (PUC- Minas) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Poeta sensível, dedicou sua vida à poesia. Considerada um dos grandes nomes da lírica modernista pela crítica especializada, Henriqueta manteve-se sempre atuante no diálogo com os escritores e intelectuais de sua geração e angariou muitos leitores ilustres durante sua vida, dentre eles Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Cecília Meireles.

Henriqueta faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985. Seu centenário foi comemorado ao longo do ano de 2001 e, além de inúmeros eventos culturais em sua homenagem, várias reedições de sua obra foram feitas com o objetivo de revelar a força de sua poesia para os jovens de hoje.

Títulos publicados:

Fogo-fátuo (1925); Enternecimento (1929); Velário (1936); Prisioneira da noite (1941); O menino poeta (1943); A face lívida (1945), à memória de Mário de Andrade, falecido nesse ano; Flor da morte (1949); Madrinha Lua (1952); Azul profundo (1955); Lírica (1958); Montanha viva (1959); Além da imagem (1963); Nova Lírica ((1971); Belo Horizonte bem querer (1972); O alvo humano (1973); Reverberações (1976); Miradouro e outros poemas (1976); Celebração dos elementos: água, ar, fogo, terra (1977); Pousada do ser (1982) e Poesia Geral (1985), reunião de poemas selecionados pessoalmente pela autora do conjunto de toda a obra.

Publicou também as coletâneas de ensaios Convívio Poético (1955), Vigília Poética (1968) e Vivência Poética (1979).