Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

TCEMG reúne especialistas em mais uma edição do projeto Ponto de Expressão

09/11/2022

Foto: Luiz Gustavo Ribeiro

Ocorreu ontem, 08/11, mais uma edição do projeto Ponto de Expressão, no auditório do Tribunal de Contas de MG, realizado pela Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo. O evento reuniu debatedores em uma mesa redonda para discutirem a seguinte questão "Eficiência sem mensuração de custos é falácia?". Os convidados foram, José Carlos Fernandes Júnior, membro do MPMG; Marconi Braga, assessor da presidência do TCEMG; Flávia Gontijo, Superintendente de Gestão e Finanças; e José Vuotto Nievas, Coordenador da Coordenadoria de Custos do TCEMG. A mediação do debate foi por conta da Analista de Controle Externo do TCEMG, Regina Lopes de Assis Bernardo.

O assessor da presidência do TCEMG, Marconi Braga, deixou claro que a mensuração é muito importante e garantiu que não é falácia. “Do ponto de visto do TCEMG, nós temos desde 2012 uma resolução que trata sobre o benefício do controle, onde a área técnica pontua, e sempre tenta apontar, o benefício direto e indireto”, lembrou ele. Ele também chamou a atenção para o debate sobre aquilo que era antes, e sempre foi comum, no mundo corporativo. Marconi fez uma analogia entre o setor público com a iniciativa privada, não se esquecendo de todas as diferenças entre os dois já que o corporativo visa o lucro, mas na observância de aspectos gerenciais ele observou que isso foi trazido para o setor público assim como já era feito pelo setor privado. “O grande marco foi a Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou ele.

A Superintendente de Gestão e Finanças do TCEMG, Flávia Gontijo, falou sobre o tema compartilhando a sua experiência como usuária do sistema de custos. Servidora do TCEMG há 32 anos, ela acompanhou o debate sobre custos sendo desenvolvido no TCEMG em vários planos estratégicos e viu o amadurecimento acontecer com o último plano estratégico da Corte que tratou o assunto de forma mais sistematizada, vislumbrando a possibilidade de ser criado um sistema de custos, que está sendo desenvolvido nesse momento na Casa.  “Eu entendo que o debate tenha a função de trazermos essa reflexão para o TCE e outros órgãos públicos e criar a cultura do controle de custos.

Ela compartilhou que a Coordenadoria de Custos do Tribunal mineiro abraçou a ideia sobre trabalhar a cultura do sistema com os servidores com muita propriedade e força, promovendo chamadas na intranet e divulgando o trabalho da unidade para explicar onde querem chegar. Ela ainda disse que apesar de estarem no Tribunal de Contas, o assunto ainda é novo e seu papel como gestora é, demonstrar sobre esse tema de uma maneira mais próxima à realidade dos servidores dentro da função gerencial que é feita no dia a dia na tomada de decisões. “Eu acredito que podemos fazer essa cultura florescer aqui na Casa e que o sistema atue de forma eficiente para ser uma prática usual do gestor na tomada de decisões, onde ele possa sempre recorrer a essa análise de custos no dia a dia dele aprimorando os resultados no Tribunal”, disse a Superintendente.

O coordenador da Coordenadoria de Custos do TCEMG, José Vuotto Nievas, dividiu sobre o que se espera de um sistema de custos e qual a intenção de ter esse sistema no Tribunal. “Existe uma questão cultural onde o serviço público tem uma dificuldade de identificar custos”, comentou. Ele explicou que a expectativa é que o sistema integre o gestor com a sua equipe. Outro ponto que o sistema pretende é de prover condições para que se possa criar através de relatórios indicadores de desempenho e propiciar o gestor com informações para que ele possa tomar decisões com mais certeza.

O coordenador deixou claro também que o sistema pretende propiciar controle, aproximar o gestor dos seus comandados, mostrar o que a administração gasta, como ela gasta e quanto ela gasta. Vuotto frisou que é importante colocar a discussão sobre esse controle dos gastos no Tribunal e quais os benefícios de tudo isso. “Qual é a razão da existência e função do TCEMG? Quanto ele custa para a sociedade e o que ele traz? Isso é que se espera de um sistema”, afirmou ele.

Outro convidado que dividiu sua visão sobre o tema foi o membro do MPMG, José Carlos Fernandes Júnior. “Eu vim provocar trazendo a visão do operador de Direito a respeito da sistemática”. Ele levantou a discussão sobre a eficiência e boa governança dentro do setor público. “O que nós temos hoje é uma transparência maior do que seria efetividade que nada mais é do que fazer algo”. O professor explicou da necessidade de entender a importância do custo dentro da administração na hora das contratações. “Não é o desejo do gestor, mas sim a necessidade daquilo que precisa pra se atender a função da administração pública.

Ele explicou que a questão dos custos é imprescindível para haver um tratamento diverso daquilo que nós chamamos de preço com aquilo que nós chamamos de valor. “É esse olhar provocativo que eu trago dessa importância hoje, de termos cada vez mais claro a identificação desse algo que se busca para a eficiência que é a necessidade da administração”. Ele ainda disse que não só também importante nos atentarmos para o preço desse algo, mas ficar atento para o valor do que nós estamos levando. “Ponderações a respeito da questão eficiência”, concluiu ele.

Veja abaixo as fotos do evento

 

Ponto de Expressão - "Eficiência sem mensuração de custos é falácia?"

Luiz Gustavo Ribeiro/ Coordenadoria de Jornalismo e Redação