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TCEMG se adapta à nova realidade e exerce a gestão dos recursos públicos durante pandemia

26/05/2020

Parte da equipe de Suporte da TI vai ao TCE e garante o funcionamento de toda estrutura tecnológica

 Desde 17/03/2020, a maior parte das instituições públicas mineiras decidiram acatar as medidas do Comitê Extraordinário Covid-19, em Minas Gerais. O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) busca se adaptar e encontrar uma nova maneira de exercer a gestão dos recursos públicos, de forma eficiente, eficaz e efetiva. Seguindo as orientações do Comitê Extraordinário e tomando todas as precauções para evitar a disseminação do coronavírus, o TCEMG mantém setores essenciais para desempenho dessa gestão. Além disso, remodelou alguns processos de trabalho internamente, para atender as demandas dos servidores e colaboradores que se encontram em regime de trabalho remoto, regulamentado pela Portaria N22 da Presidência

Ao longo dos anos, o TCEMG vem passando por modernizações e se destacando pelas evoluções em sua estrutura de Tecnologia da Informação. O presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Mauri Torres, faz questão que sua equipe dissemine boas práticas, oriente preventivamente, continue usando sua central de inteligência e suas malhas eletrônicas de fiscalização para que o trabalho continue. 

A diretora de Tecnologia da Informação (TI) do TCEMG, Cristiana Siqueira, contou um pouco como foi disponibilizar todas ferramentas de TI em um momento tão complexo como o da pandemia e, hoje, além de agradecer sua equipe de suporte, segurança da informação e desenvolvimento, comemora o fato de “tudo funcionar bem”. 

“Nossa primeira, preocupação foi com a segurança da informação porque, antes nossos sistemas não eram abertos às redes externas”, explicou a diretora Cristiana. Esse foi o primeiro desafio a ser superado pela equipe de segurança que além de “abrir os sistemas também precisou disponibilizar acesso aos arquivos que estavam armazenados no Tribunal quando a portaria extraordinária foi publicada”, enfatizou. O Tribunal de Contas também disponibilizou equipamentos para os servidores que, no momento, estavam com dificuldades com seus computadores e lap tops e, realizou através da equipe de suporte, um trabalho de “nivelamento para sanar as eventuais dificuldades possibilitando o atendimento de todas as demandas”, contou a diretora. 

Outra demanda urgente que surgiu com a o atual cenário e que também precisou de uma solução tecnológica foi a implantação dos sistemas para a realização das sessões virtuais do TCEMG. “Disponibilizamos e treinamos as pessoas para utilizarem o software e oferecemos aos conselheiros, conselheiros substitutos e procuradores toda infraestrutura necessária”, enfatizou Cristiana Siqueira. Além disso, “estamos desenvolvendo novas funcionalidades nos sistemas já existentes para que o Tribunal possa, em breve, receber representações, documentos e recursos ordinários levando em consideração o atual cenário que surgiu com o coronavírus”. 

A equipe de TI também presta suporte onlineA diretora de Gestão de Pessoas (DGP) do TCEMG, Leila Renault, destacou o trabalho realizado pela DTI que possibilitou que os sistemas do Tribunal fossem acessados remotamente gerando, dessa forma, “tranquilidade e segurança aos servidores para a realização de suas atividades”. Renault fez questão de comemorar o fato de todos, no Tribunal de Contas, entenderem que mais do que nunca era “preciso dar continuidade às atividades de fiscalização com rapidez, eficiência e segurança”. 

Sem descuidar do ser humano em nenhum momento, a diretora da DGP contou que o Tribunal continua atento às consequências emocionais que o afastamento social pode trazer. “Além de manter os atendimentos da Coordenadoria de Serviços Integrados de Saúde também disponibilizamos acesso remoto à uma servidora aposentada do TCEMG que é psicóloga e se prontificou a ajudar neste momento”, contou Leila. 

O trabalho da equipe de TI também foi elogiado pela superintendente de Controle Externo do TCEMG, Flávia Alice Dias, que destacou o “forte apoio que recebeu”. Flávia contou que no primeiro momento a área técnica recebeu uma carga grande de trabalho, mas que apesar do cenário contou com o “um empenho muito grande por parte das diretoras, coordenadores e servidores que tinham condições de ajudar”. Flávia explicou que a pandemia revelou um olhar ainda mais atento sobre o que era prioritário fiscalizar. “Fomos além de verificar a possibilidade do que poderia ser feito remotamente, replanejamos de forma mais ampla e instauramos grupos que tem trabalhado intensamente no acompanhamento e na elaboração de orientações aos gestores. Além disso, não interrompemos, em momento nenhum, a análise de processos e documentos”, contou a superintendente. 

Superado os primeiros desafios, a superintendente Flávia Alice considera que home office tem funcionado bem no TCEMG porque com o passar dos dias os “servidores ganham mais desenvoltura com as ferramentas necessárias para que o trabalho remoto possa ser realizado”. “Aprendemos muito nesses meses e saímos da zona de conforto para chegarmos ao ponto que estamos hoje”, festeja. 

Esses foram alguns dos setores que se adaptaram rapidamente e contribuíram para manter o funcionamento da instituição, mas outros setores precisaram estar no Tribunal para garantir esse funcionamento. Serviços como o da manutenção dos alarmes, quadro de energia elétrica, catracas de acesso, dentre outros serviços terceirizados, exigem autorização expressa para serem realizados, contou o diretor de Segurança Institucional do TCEMG, Cristiano Alkmim. “A Diretoria de Segurança Institucional não interrompeu suas atividades em nenhum momento e continuamos trabalhando 24 horas por dia, todos os dias da semana”, ressaltou o diretor. 

Outro serviço essencial e que não pôde paralisar suas atividades foi a central de atendimento telefônico. O coordenador de Marketing e Publicidade, André Zocrato, explicou que o PABX se tornou “um dos principais canais do TCE para as orientações ao público externo, mas que todas as precauções foram tomadas para deixar o ambiente de trabalho dos funcionários livre do coronavírus”. 

A funcionário do PABX, Lucileia Miguel Para garantir segurança a todos que precisam ir ao Tribunal, diante do cenário que a pandemia impôs, a equipe de limpeza redobrou a atenção com faxina e também mudou hábitos. “Além de intensificarem a limpeza em todo o Tribunal, os funcionários estão sempre de máscara, luvas e usam álcool em gel constantemente, pontuou a diretora de Administração do Tribunal Flávia Rocha. 

Vale destacar que diante do cenário atual, o TCEMG lançou um portal com as informações sobre os gastos públicos durante a pandemia, promoveu capacitações e seminários online através da Escola de Contas e Capacitação Professor Pedro Aleixo e, na última semana, o Pleno do TCEMG aprovou a realização das sessões de julgamento por videoconferência

O futuro do trabalho remoto no TCEMG 

Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais já vinha implementando o trabalho remoto desde 2017 quando através da Portaria 60/PRES instituiu o projeto piloto de Home Office na instituição. Desde então, conforme contou a diretora de Gestão de Pessoas, Leila Renault, o TCEMG “analisa a compatibilidade das atividades que serão desenvolvidas e o perfil comportamental dos que estarão em home office, treina esses servidores para trabalharem em casa e sobretudo os conscientiza sobre o rendimento que deverá ser superior ao que produziam anteriormente”. A diretora contou que o Tribunal de Contas está “atento às necessidades de aprimoramento e ajustes constantes para que o trabalho remoto continue ser possível”. 

A diretora de Tecnologia da Informação do Tribunal de Contas de Minas Gerais, Cristiana Siqueira, corrobora com a opinião de sua colega e considera que o caminho para que cada vez mais pessoas trabalhem remotamente é inevitável desde que “investimentos em segurança da informação, estrutura e suporte sejam contínuos”. Outra servidora que também concorda com as colegas é superintendente de Controle Externo, Flávia Alice, que acredita que a pandemia vai “mudar a visão de muitos que ainda tinham resistência em relação ao teletrabalho”. Como gestora, a superintendente salienta que comunicação entre as equipes ainda “é um ponto que sente necessidade de aperfeiçoar no regime remoto”, mas acredita que para a maior parte das atividades desenvolvidas no Tribunal, “o trabalho remoto traz mais vantagens do que desvantagens”. 

Antes mesmo da pandemia, já era comum encontrar exemplos de empresas privadas em todo o mundo que, com o objetivo de reduzir custos e, principalmente, aumentar a produtividade de seus funcionários, adotaram o trabalho remoto como estratégia. Gigantes como a GoogleAmazonXeroxIBMAdobe3MPhilips, dentre outras, já adotavam o sistema. Além disso, o trânsito caótico das cidades e o apelo por um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional têm feito as empresas repensarem suas práticas de gestão de pessoas. É inegável que a pandemia do coronavírus pode acelerar o movimento que já existia e o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais vem provando, ao longo de sua existência, estar atento para promover as mudanças que forem necessárias a tempo e a hora. 


Thiago Rios Gomes / Coordenadoria de Jornalismo e Redação