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Treinamento de Controle Interno trata de auditoria sem sustos

13/08/2021

Calma! Não precisa ter medo! Apesar de ser uma sexta-feira, 13 de agosto, o objetivo do treinamento “Fortalecimento do Controle no apoio a Gestão Pública” é exatamente tirar o temor de assuntos que podem parecer assustadores, mas são importantes para o Controle Interno.

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) tem oferecido capacitação em uma série de eventos com o objeto de fortalecer o Controle Interno nos municípios mineiros. Hoje foi realizado o 4º painel do projeto, com o tema Lidando com os Riscos. Convidado para mediar o debate, o diretor de Controle Externo do Estado do TCEMG Pedro Henrique Magalhães Azevedo ressaltou que o Estado mineiro é o maior em número de cidades da Federação, o quarto em extensão geográfica e o lugar com a maior malha rodoviária do país. Para Pedro, “esses fatores geográficos e políticos geram dificuldades para o cumprimento da fiscalização e é exatamente por isso que o papel do Controle Interno é apoiar os tribunais de contas e o Controle Externo no exercício da missão constitucional”. “Se podemos assim dizer, os controles internos são os olhos dos tribunais de contas ao longo dos nossos municípios”, brincou.

A primeira palestrante do dia, a auditora de Controle Externo do Tribunal de Contas de União (TCU) Roberta Mallab Cascarelli disse que o analista deve conhecer bem o objeto que vai ser verificado e fazer um bom planejamento para evitar a concretização de riscos na fiscalização.

Roberta explicou qual a função da Auditoria Baseada em Risco (ABR) e como ele deve ser aplicado. O modelo é a abordagem que utiliza a avaliação de riscos para a definição de escopo, natureza, época e extensão dos procedimentos adicionais de auditoria, com o propósito de reduzir o risco de emitir opinião ou conclusão inadequada às circunstâncias do trabalho.

A ABR serve para garantir que a auditoria irá agregar valor à organização auditada, aos processos decisórios do gestor ou para responsabilizar adequadamente gestores que cometeram irregularidades, construindo uma visão ampla, realista e atualizada das potencialidades e dos riscos mais relevantes em relação ao objeto de auditoria.

Roberta enumerou os tipos de riscos a que o objeto de auditoria está submetido. O primeiro é o Risco Inerente, que é a probabilidade de ocorrerem situações que levem a situação do objeto a estar em desacordo com os critérios a ele aplicáveis. Seguido, tem o Risco de Controle, que é quando a fiscalização não é eficaz e não consegue reduzir o risco inerente. Por último o Risco residual, aquele que sobra mesmo depois de aplicar o controle e é essa ameaça que é o foco principal do auditor, pois a meta é entregar uma conclusão sem falhas.

Para o auditor da Controladoria Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG) Fernando Souza, “só não corre risco quem não tem objetivos”. O segundo palestrante do dia contou quais os Passos para Implementação da Gestão de Riscos e afirmou que é importante entender qual a finalidade da instituição para saber administrar, ou seja, planejar, organizar, dirigir e controlar, o objeto auditado.

O auditor apresentou um trabalho desenvolvido usando um Mapa de Sete Tempos para concluir uma auditoria com qualidade. O primeiro passo é conhecer o ambiente e os objetivos da organização; seguido por definir o apetite de risco. O terceiro ponto é identificar os riscos na execução e depois analisar esses riscos. O próximo passo é tratar os riscos e monitora-los. Por fim, comunicar quais as possíveis falhas para evitar que elas aconteçam. Fernando explicou cada etapa desse ciclo e destacou que a periodicidade deve ser uma escolha do auditor.

Após as explanações, os professores responderam dúvidas enviados pelo público por meio do chat do canal TV TCE.

Capacitação em Controle Interno

O treinamento é realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) em parceria com o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e é viabilizado pela emenda parlamentar do Dep. Federal Fábio Ramalho, concretizada por meio do convênio 883205/2019.

O projeto tem por objeto o fortalecimento do Controle Interno nas cidades mineiras, como instrumento de eficácia e eficiência da gestão pública e de combate à corrupção, por meio de ações de capacitação dos agentes de controle interno que atuam como suporte técnico aos gestores municipais.

A programação conta com cinco webinários que acontecem sempre às sextas-feiras, de 10h às 12h, transmitidos pelo canal da TV TCE, no YouTube, e quatro treinamentos presenciais, com duração de seis horas cada, que ocorrem às quartas-feiras e serão divididos entre as mesorregiões administrativas do Estado. As datas e locais já foram divulgados e podem ser verificados no hotsite do evento. 

Para assistir na íntegra as apresentações, clique aqui.

 

Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação