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Tribunal de Contas mineiro participa de auditoria coordenada do TCU sobre o sistema penitenciário

28/03/2017

Equipe do TCEMG  responsável pela auditoria coordenada do TCU. Da esq. p/ dir,: Glaucia Santiago, Jamir Reis, Agnes Rosa, Júnia Duarte e Rosely Mendes. Sentados: Luciana Menicucci - coordenadora; Ryan Pereira- coordenador e Izabel Correa  (Foto: Karina Coutinho)O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) aderiu ao trabalho proposto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar auditoria conjunta no sistema prisional brasileiro. De acordo com Luciana Menicucci, coordenadora responsável pela equipe de Fiscalização, Concessão e Projetos Cofinanciados do TCEMG, o Tribunal de Contas mineiro já entregou a elaboração da matriz de planejamento em 14/3/2017, classificada como “produto 1”. Posteriormente, serão entregues a análise das medidas emergenciais e o levantamento inicial de dados da situação encontrada no sistema penitenciário, em 31 de maio (“produto 2”); a análise da gestão do sistema, em 23 de outubro (“produto 3”); a análise dos custos do sistema, em 31/5/2018 (“produto 4”); e a análise da sustentabilidade da política penitenciária, em 23/10/2018 (“produto 5”). O TCE de Minas elaborou este cronograma de divisão dos trabalhos, classificando cada fase como “produtos”.

A participação do TCEMG e também de outros órgãos de fiscalização aconteceu após apresentação de proposta da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, em sessão plenária do órgão de fiscalização federal, no dia 25/1/2017. Ela propôs que fosse realizada auditoria coordenada com os tribunais de contas dos estados e municípios para analisar os aspectos mais relevantes da gestão operacional e de infraestrutura das penitenciárias do Brasil.

O primeiro passo dado pelo TCEMG foi enviar três de seus técnicos para fazer um treinamento sobre a realização conjunta da elaboração da matriz de planejamento da auditoria envolvendo os tribunais de contas estaduais. O treinamento foi realizado no próprio TCU, em Brasília.
Depois disso, a equipe da Coordenadoria de Fiscalização, Concessão e Projetos Cofinanciados do TCEMG foi à Secretaria de Estado de Administração Prisional fazer uma apresentação do trabalho que será desenvolvido.

Participam dos trabalhos de auditoria, as analistas Agnes de Paula Silva Rosa, Gláucia Vieira de Souza Santiago, Izabel Correa de Oliveira, Jamir da Silva Reis César, Júnia Maria Ferraz da Costa Duarte, Rosely Maria Mendes, sob a supervisão da Coordenadora da área. Luciana Menicucci de Miranda Procópio e do coordenador de Auditoria Operacional, Ryan Brwnner Lima Pereira (foto).

De acordo com o portal do TCU, a fiscalização terá como objetivo analisar as medidas emergenciais que estão sendo adotadas para lidar com a atual crise e a análise da gestão associados ao sistema prisional. O TCU acrescenta que, embora a gestão carcerária seja função principal dos estados federados, o saldo atual do Fundo Penitenciário Nacional é superior a três bilhões de reais.

“Em um país com mais de 1.400 estabelecimentos prisionais, a ausência de um modelo nacional de gestão, a deficiência na aplicação de recursos públicos e o descumprimento de normas de organização funcional têm por consequência a degradação do sistema prisional, o aumento da insegurança e a violação de direitos humanos”, ponderou a ministra Ana Arraes, que será relatora do processo.

O presidente do TCU, ministro Raimundo Carreiro, sugeriu que fosse agregada à proposta da ministra que a unidade de controle externo do órgão federal avaliasse a conveniência de reunir informações sobre a situação do sistema penitenciário brasileiro. A iniciativa surgiu após pedido do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas.


 Karina Camargos Coutinho / Coordenadoria de Jornalismo e Redação