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Tribunal fiscaliza tabela de preços referenciais da Secretaria de Estado de Infraestrutura

14/09/2022

Foto ilustrativa - livre reutilização no Google
O Tribunal de Contas mineiro realizou uma fiscalização na tabela de preços referenciais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade Urbana de Minas Gerais (Seinfra). O objetivo do levantamento foi contribuir com o aperfeiçoamento dos preços de referência constantes no site do órgão. Técnicos do TCEMG encontraram diversas inconsistências nas tabelas, que foram enviadas para a Seinfra, visando a melhoria da gestão pública, e servirão de base para futuras ações fiscalizatórias do tribunal.
 
De acordo com o relatório do Tribunal, é fundamental que a gestão pública mantenha um sistema de referência de custos adequado, transparente e atualizado. Entre as vantagens apontadas estão a padronização de uma metodologia para elaboração do orçamento de referência nas contratações pela Administração Pública, a diminuição do risco de contratações com sobrepreço e o aprimoramento dos controles internos e externos em relação aos valores praticados pela gestão pública nas contratações.
 
Na análise da Planilha de Custos de Referência da Seinfra, o TCEMG identificou diversos riscos que as tabelas podem apresentar ao poder público, devido a inconstâncias na metodologia da coleta de preços dos insumos, nos índices de produtividade e dos custos unitários e na transparência dos dados das tabelas. A Unidade Técnica apontou os seguintes riscos:
 
Risco de que os custos dos materiais de construção não reflitam as condições de mercado devido à falta de metodologia e critérios na coleta de preços. 
Risco de que os custos de mão de obra de construção civil não reflitam as condições de mercado devido à ausência de metodologia apropriada para coleta de preços. 
Risco de que os custos com equipamentos não reflitam as condições de mercado devido à ausência de metodologia apropriada para coleta e cálculo dos custos horários. 
Risco de obsolescência (perda da validade) dos preços dos insumos devido à falta de atualização de preços dos considerados não relevantes. 
Risco de que as produtividades indicadas das composições de custos unitários não representem as condições reais de execução dos serviços. 
Risco de risco de obsoletismo das composições em decorrência da falta de aferições rotineiras. 
Risco de sobrepreço com a utilização de composições representativas.
Risco de que a ausência de transparência nos documentos relacionados à Planilha de Preços SEINFRA/MG prejudiquem a confiabilidade das informações e não permitam o controle da sociedade. 
Risco de que a ausência de transparência nos documentos relacionados à Planilha de Preços SEINFRA/MG prejudiquem a formação de preços de mercado pelos usuários da planilha.
 
De acordo com o relatório do TCEMG, “um sistema de referência de custos representa um compilado sistematizado de custos unitários de referência de insumos, mão de obra e equipamentos para o desenvolvimento de diversas atividades, incluindo obras e serviços de engenharia realizadas pelo poder público”.
 
Em relação à coleta de preços de materiais, técnicos do TCEMG verificaram que não existe uma metodologia própria da Seinfra, mas sim a utilização de tabelas referenciais do governo federal. Foram identificados, ainda, inconsistências na coleta de preços de insumos “não relevantes”, na regionalização dos custos referenciais, na ausência de metodologia para cálculo da mão de obra de construção civil e risco real de que os índices de produtividade indicados nas composições de custos unitários não representem as condições reais de execução dos serviços. 
 
Clique aqui e confira a íntegra do relatório