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Tribunal sedia "II Seminário Mineiro de Custos no Setor Público"

26/06/2024

Presidente do TCEMG, conselheiro Gilberto Diniz, abriu o evento - Foto: Vinícius Dias
“Encontro promissor e necessário nos tempos atuais, em que se almeja, no âmbito da administração pública, a melhoria do desempenho para atingir melhores resultados, sobretudo aqueles atinentes a bens e serviços em prol do cidadão”. Foram as palavras do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), conselheiro Gilberto Diniz, ao dar as boas-vindas aos participantes do II Seminário Mineiro de Custos no Setor Público, nesta manhã, 26 de junho de 2024, no Auditório Vivaldi Moreira.
 
Para o presidente da Corte mineira, o foco da fiscalização atual não está voltado tão somente para aferir a legalidade do gasto público, mas também a qualidade, a eficiência e o atendimento das necessidades das pessoas. “Aferir custos no âmbito da administração pública é dimensionar o montante do recurso gasto por uma organização pública para atingir seus resultados, o que inclui a produção de bens ou serviços para o cidadão”, complementou Diniz, agradecendo a todos os envolvidos no evento nas pessoas do coordenador de Custos do TCE, professor José Vuotto Nievas e da secretária Municipal de Planejamento e Gestão de Pompeu, Rosana Cláudia da Silva Gonçalves.
 
Compuseram a mesa de honra, além do presidente Gilberto Diniz, o vice-presidente de Capacitação da Associação Mineira de Contadores Públicos (AMCP), Edson de Carvalho Cardoso; o presidente da Academia Mineira de Ciências Contábeis, Alexandre Bossi de Queiroz;  o presidente do Conselho Regional de Administração de Minas Gerais, Jehu de Aguilar; o prefeito de Pompeu, Ozeas da Silva Campos; e a diretora-geral do TCEMG, Polliane Patrocínio.
 
Com o objetivo de possibilitar aos participantes compreender a gestão de custos no contexto organizacional da Governança e do Controle Interno, o encontro, em seu primeiro momento, utilizou o formato Ponto de Expressão, tendo como mediador o superintendente de Controle Externo do TCEMG, Pedro Henrique Azevedo. Como debatedores, foram convidados a diretora técnica da empresa A&C – Auditoria e Consultoria e da Escola de Gestão Pública e Modernização dos Municípios do Pará, professora Leila Márcia Sousa de Lima Elias; o controlador-geral do município de Belo Horizonte, Leonardo de Araújo Ferraz; e o conselheiro Regional de Contabilidade e auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, João Eudes Bezerra Filho.
 
Governança, Controle Interno e Custos 
 
Para falar de governança, a professora Leila Elias, que confessou seu encantamento com o serviço público, remontou aos anos 80 e 90, afirmando que a governança no setor público inicia-se com a participação social. “Tenho admiração gigantesca por tudo que é produzido no setor público”, afirmou a professora, referindo-se aos estudos, aos projetos e às pesquisas, que são realizadas com esmero por servidores públicos. “A gente faz o que é possível com o que se tem, mas faz bem feito”, acrescenta Leila, esclarecendo que governança dá a diretriz, cria as políticas, e a gestão executa, tendo ressaltado a importância da estratégia e do accountability na gestão pública para alcançar os anseios da sociedade.
 
Em seguida, o controlador-geral de Belo Horizonte, Leonardo Ferraz, falou da  importância do Controle Interno na gestão contemporânea. Ferraz enfatizou que o Controle Interno não é uma etapa no processo de gestão, mas que sua função é avaliar critérios de risco, de materialidade e de relevância na gestão organizacional. “Sua função é melhorar a gestão”, afirmou. Ferraz citou o que difere controle interno de sistema de unidade de controles internos e de centrais das unidades de controle interno, tendo discorrido sobre as funções de cada um. Ressaltou o papel contemporâneo do Controle, considerando-o protagonista da gestão. “Não existe Controle sem gestão”, garantiu o controlador, que ainda salientou o papel preponderante do Controle na ética e na eficiência da gestão, e, por consequência, na redução de custos.
 
O último a se pronunciar foi o auditor João Eudes Bezerra, que definiu Custos no contexto da Governança como insumos para gerar produtos para a sociedade. Ressaltou a interligação desses três conceitos: Governança, Controle Interno e Custos, tendo discorrido também sobre as dificuldades para a implantação efetiva de um sistema de custos. “Não se afere custo a partir da cúpula da organização, é preciso chegar no chão da fábrica”, acrescentou. Para o auditor, é necessário que o sistema de custos identifique os gargalos na administração e seja capaz de mensurar os custos para a realização das políticas públicas que agreguem valor à sociedade. Após as exposições, foi dado início a um debate, em que os palestrantes se colocaram à disposição para esclarecer eventuais dúvidas entre os presentes. 
 
A outra palestrante da manhã foi a consultora em Governança, Gestão, Estratégia e Inovação do Governo Federal, professora Nicir Maria Gomes Chaves, que falou sobre a importância e a estruturação da Cadeia de Valor integrada para a mensuração de custos no setor público.
 
Veja no link abaixo as fotos da abertura do seminário
 
 

II Seminário Mineiro de Custos no Setor Público

 
 
Veja, abaixo, a íntegra da primeira parte do evento.
 

 

Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação