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Yara Tupinambá revisita painel de sua autoria no auditório Vivaldi Moreira do TCEMG

20/07/2017

A artista e sua obra (Foto: Thiago Rios)Talvez poucas pessoas saibam, mas o painel pintado no interior do auditório Vivaldi Moreira retrata as fases da história de Minas Gerais. Por meio de vários personagens, a artista mineira Yara Tupinambá pintou a história do Estado, começando pelas florestas até à época industrializada atual. A explicação veio da própria autora do painel que veio até o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) nesta manhã (20/7/2017) para avaliar a necessidade de restauração do painel, datado de 1996. O presidente Cláudio Couto Terrão recebeu a artista.

De acordo com Yara, partindo da esquerda para a direita, o painel retrata as florestas evidenciando, segundo a autora, “a dificuldade que era entrar no denso território mineiro, cheio de florestas”. A presença dos índios no solo de Minas é destacada. Na sequência, é ilustrada a chegada dos bandeirantes paulistas e a “posse da terra”; a descoberta do ouro dentro da água no Tripuí; a construção das cidades representada por casas e a presença do alferes Tiradentes, no centro do painel, principal símbolo da Inconfidência Mineira. Na visão da artista, a Inconfidência foi a “primeira e mais importante manifestação política que o Brasil já teve”.

O presidente Cláudio Terrão recebeu a artista Yara Tupinambá (Foto: Thiago Rios)

Depois disso, ela explica que o povo “cantou a libertação do Brasil” por meio de festas como os congados. A imagem de pessoas tocando tambores no “entorno de Nossa Senhora do Rosário é o povo, que é uma mistura de gente mulata, branca, negra”, contou a artista. Ela atentou para os mastros que são usados neste tipo de festa e que estão ilustrados na obra. Em seguida, a importância do trabalho das mulheres do Vale do Jequitinhonha realizando as atividades de tecelãs e de ceramistas. “Atualmente, essas mulheres estão integradas no trabalho e mantendo famílias”, lembrou. Finalizando, a produção siderúrgica simbolizada pelo operário, com fornos ao fundo e a “liberdade que vai conduzir o povo para uma nova era”, disse, que é sintetizada pela imagem de um anjo segurando uma balança.


Karina Camargos Coutinho | Coordenadoria de Jornalismo e Redação