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TCE aprova contas do Governador e faz recomendações

02/07/2014

O Tribunal de Contas do Estado (TCEMG) emitiu hoje, dia 2 de julho, parecer prévio pela aprovação das contas do Governador do Estado de Minas Gerais, Antonio Augusto Junho Anastasia, referente ao ano de 2013. O relator do Balanço Geral do Estado (processo 912.324) foi o Conselheiro José Alves Viana e o revisor, o Conselheiro Sebastião Helvecio. O Conselheiro Substituto Hamilton Coelho, o Procurador-Geral do Ministério Público junto ao TCEMG, Daniel de Carvalho Guimarães, e a Coordenadoria de Avaliação da Macrogestão Governamental da Diretoria de Controle Externo do Estado também emitiram parecer. Votaram, ainda, na sessão extraordinária do Pleno, presidida pela Conselheira Adriene Andrade, os Conselheiros Cláudio Couto Terrão, Mauri Torres e Gilberto Diniz.

O plenário do TCEMG concluiu que o Executivo Estadual cumpriu o índice mínimo estabelecido pela Constituição Federal de 25% da receita para aplicação na manutenção e desenvolvimento do ensino. De acordo com o apurado pela Corte de Contas, o Estado investiu R$ 11,123 bilhões na área, o que corresponde a 31,66% da Receita Base de Cálculo.

O Conselheiro José Viana (ao centro) foi o relator do processo

Os conselheiros verificaram que o Governador também cumpriu o índice mínimo constitucional de 12%, referente à despesa com ações e serviços públicos de saúde. Em 2013, o valor empenhado foi de R$ 4,29 bilhões, resultando na apuração de um percentual de 12,22% da Receita Base de Cálculo, totalizada em R$35,13 bilhões.

O Governo do Estado obedeceu, também, o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para a despesa total com pessoal. O relatório demonstrou um gasto de R$ 19,29 bilhões, incluindo os três Poderes, o Tribunal de Contas e o Ministério Público, “excluindo-se as Despesas com Inativos e Pensionistas – conforme disposto na Instrução Normativa n. 01, alterada pela Instrução Normativa n. 05, ambas de 2001 – o que representou 44,72% da Receita Corrente Líquida. Já, adotando-se o cálculo estabelecido pela Portaria da Secretaria do Tesouro Nacional n. 637/2012, que não exclui as citadas despesas, o valor apurado foi de R$22,01 bilhões, correspondendo a 51,02% da Receita Corrente Líquida. Portanto, nas duas situações, foram observados os limites máximo (60%) e prudencial (57%) estabelecidos pelos arts. 19, II e 22, parágrafo único, respectivamente, da LRF”.

Recomendações

No parecer prévio, o Tribunal de Contas faz  mais de 40 recomendações ao Governo do Estado. Dentre elas, indica a realização de um estudo para enfrentar a redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, faz sugestões acerca da política de exploração mineraria do nióbio, propõe uma análise sobre a eficácia dos benefícios fiscais concedidos e pede o aprimoramento das ações contra a violência.

Em uma de suas recomendações, o relator sugeriu que o Estado “intensifique, reavalie e monitore, constantemente, na Rede de Educação e Desenvolvimento Humano, as ações relativas ao Ensino Médio, corrigindo os desvios e aprimorando seus propósitos para permitir a contínua evolução do processo educacional mineiro”.

A Corte de Contas também recomendou a adoção, em todas as áreas de atuação do Governo, de indicadores regionais, “objetivando reduzir as disparidades socioeconômicas regionais” e “aumentando o dinamismo das regiões menos avançadas”.

O parecer inclui ainda recomendação para que o Executivo “adote medidas para cessar o pagamento da contraprestação à concessionária Minas Arena com recursos da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM)”. Para o Tribunal é necessário que o Governo reveja o financiamento dos programas relativos às Redes de Desenvolvimento Econômico Sustentável e de Cidades, também com recursos da CFEM; passe a administrar, de forma destacada, todo o recurso recebido relativo à CFEM, o qual deve ser transferido para uma conta específica com essa finalidade. O Plenário recomendou, ainda, que o Estado recomponha o saldo do CFEM referente às destinações indevidas.

Acompanharam a Sessão Extraordinária para apreciação das Contas do Governador, o Subcontrolador da Controladoria-Geral do Estado (CGE), Eduardo Fernandino, o Diretor Central de Controle de Contas da CGE, Charles Alves, e equipe.

O parecer prévio do Tribunal sobre o Balanço Geral do Estado referente a 2013 será encaminhado para o julgamento da Assembleia Legislativa.