Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

Tribunal determina auditoria no Hospital do Barreiro em BH

14/10/2015

Foto de arquivoO Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) determinou, durante sessão plenária desta quarta-feira, 14 de outubro, a realização de uma auditoria no Município de Belo Horizonte. A Corte de Contas vai investigar, em até 90 dias, a execução do contrato de concessão administrativa do Hospital Metropolitano do Barreiro, que receberá o nome do médico e ex-Prefeito Célio de Castro, falecido em 2008.  Essa parceria público-privada (PPP) terá duração de 20 anos e a contraprestação pública poderá chegar a R$ 1,147 bilhão.

O TCEMG determinou ainda que a fiscalização tenha foco na fase pré-operacional e o objetivo de coletar dados e documentos para a instrução dos autos da Denúncia 838.978. Esse processo teve origem com a alegação, feita pela empresa Facility Central de Serviços, de ilegalidades no Edital de Concorrência Pública 008/2010, documento que contém as regras para a licitação da concessão à iniciativa privada da administração de obras e serviços de apoio à gestão e operação do hospital.

Os técnicos do Tribunal solicitaram informações à PBH e analisaram os motivos da empresa denunciante. O relator da matéria, Conselheiro Cláudio Terrão, considerou, ao votar, a opinião técnica de que os esclarecimentos foram insuficientes e de que “a construção e a concessão de obras e serviços do Hospital Metropolitano vinha transcorrendo de maneira tumultuada, com risco de comprometimento de seus objetivos”.

Ao longo do processo de escolha, a empresa Selo Saúde Serviços e Infraestrutura de Saúde, vencedora da licitação, renunciou ao contrato. Por isso, o consórcio entre Andrade Gutierrez, Dalkia e Gocil – classificado em segundo – foi convocado. No primeiro aditamento ao contrato, houve modificação do objeto para acrescentar um andar ao edifício, autorizar obras complementares e promover o reequilíbrio econômico-financeiro da parceria.

Ao fundamentar seu voto, que foi acolhido por todos os conselheiros presentes, o Conselheiro Cláudio Terrão constatou que existem indícios de que a construção e a concessão de obras e serviços do Hospital Metropolitano não obedecem às normas vigentes. “Considerando os apontamentos contidos nos relatórios técnicos, os vultosos valores envolvidos e, especialmente, a repercussão social da concessão administrativa sob exame, revela-se indispensável a realização de uma auditoria no Município de Belo Horizonte”, justificou.