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TCE determina inabilitação para cargos públicos de ex-prefeito de Araçuaí

18/05/2018

 
Em sessão de Pleno realizada quarta-feira, 16/05/18, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais determinou a inabilitação para “o exercício de cargo em comissão ou função de confiança da Administração Pública estadual e municipal, por oito anos,” de Aécio Silva Jardim, ex-prefeito de Araçuaí. O motivo da decisão foi “a comprovada obstrução ao livre exercício do controle externo a cargo deste Tribunal de Contas”.
 
A decisão foi tomada por proposta do conselheiro Gilberto Diniz, relator do processo de denúncia (nº 837.101) apresentada pela Associação dos Amigos de Araçuaí – Amira. O voto do relator foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros que compuseram o Pleno, sob a presidência de Mauri Torres. O Tribunal determinou, ainda, que a decisão seja comunicada ao município de Araçuaí “para conhecimento e efetivação das medidas administrativas necessárias, conforme determina o parágrafo único do art. 83 da Lei Complementar nº 102, de 2008”. Como acontece em casos similares, também serão comunicados os chefes de poderes do Estado de Minas Gerais “para conhecimento da decisão e efetivação das medidas administrativas pertinentes”.
 
O processo já havia sido julgado na semana anterior pela Segunda Câmara, que aplicou multa de R$ 15 mil ao ex-prefeito (gestão 2009-2012) por obstrução ao trabalho de fiscalização do Tribunal. O julgamento da proposta de inabilitação foi transferido para o Tribunal Pleno, conforme previsão do regimento interno.
 
Em 2013, após o encerramento do mandato do Aécio Silva Jardim, o sucessor Armando Jardim Paixão declarou estado de emergência financeira e administrativa no município em virtude da desorganização administrativa decorrente da gestão anterior, da ausência de banco de dados, de arquivos, documentos, materiais, controles e das diversas outras irregularidades. Esses problemas começaram um pouco antes, em dezembro de 2012, através do Boletim de Ocorrências nº M6895-2012-0005763. O delegado da Polícia Civil compareceu ao Lixão da cidade para averiguar uma queima de documentos, que foram apreendidos.
 
Márcio de Ávila Rodrigues / Coordenadoria de Jornalismo e Redação