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Auditoria concluída pelo TCE repercute na imprensa mineira

05/07/2018

O resultado de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) estampou hoje, 05 de julho, a capa do jornal O Tempo. O trabalho apontou que as escolas estaduais mineiras deixaram de receber R$1,569 bilhão, entre os anos 2014 e 2016, do valor total que deveria ser destinado ao setor.

O texto assinado pela jornalista Rafaela Mansur esclarece que, segundo a Constituição da República, os Estados devem empregar o mínimo de 25% da Receita Corrente Líquida (RCL) em educação. Dessa forma, o Estado reservou R$2,634 bilhões no Orçamento para as caixas escolares, porém só 40% deste valor foi efetivamente investido na área.

O recurso destinado às escolas parte de uma Caixa Escolar e pode ser utilizado na manutenção, em investimentos e restauração de prédios e equipamentos, na realização de atividades-meio e na compra de material didático e escolar. A publicação, que recebeu o título “Estado só repassa 40% do previsto às caixas escolares“, explica que as Caixas Escolares “são pessoas jurídicas sem fins lucrativos que têm a função de administrar os recursos financeiros das escolas para aquisição de bens e serviços e são administradas por uma assembleia geral formada pela diretoria e pelos conselhos deliberativo e fiscal”.

Segundo a reportagem, “durante a auditoria, o TCE visitou nove escolas nas superintendências regionais de ensino de Montes Claros, no Norte de Minas; Sete Lagoas, na região Central; e Monte Carmelo, no Alto Paranaíba. Foram observadas irregularidades na conservação da infraestrutura, do mobiliário e dos equipamentos, além de falta de recursos para a compra de materiais básicos, como gás de cozinha e material de escritório e de limpeza”. As direções das escolas afirmaram que a crise ainda persiste e impacta a compra de materiais básicos, como papel, interferindo na qualidade do ensino.

A repórter procurou o vice-diretor de uma escola estadual de Belo Horizonte, que não quis ser identificado, e confirmou que os repasses permanecem irregulares. “Na nossa escola, fizemos vaquinha entre os professores para comprar material escolar. Tem instituição que está aplicando prova no quadro por falta de papel”, afirmou. A diretora de uma escola de Montes Claros, no Norte de Minas, reforça a situação: “Aqui costuma faltar material de limpeza”

A auditoria do TCE já havia sido noticiada ontem, 04 de julho, pelo periódico Metro - Belo Horizonte, a rádio CBN e o portal do Jornal Montes Claros. As informações veiculadas afirmam, ainda, que, em maio de 2017, havia mais de 150 mil processos de prestação de contas aguardando a análise das superintendências regionais de Ensino (SREs), o que representa cerca de R$3 bilhões não fiscalizados. “São processos, em alguns casos, bastante antigos, o que mostra que o Estado não tem tido agilidade para fazer a análise em tempo hábil devido à precariedade de sistemas, de administração e de gestão e ao número reduzido de pessoas”, afirmou a assessora do gabinete da presidência do TCE, Naila Garcia Mourthé.

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Leia a reportagem do jornal O Tempo, na íntegra, aqui

Links para outras matérias:

Rádio CBN 

Jornal Metro – Belo Horizonte 

Jornal Montes Claros

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Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação