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Procuradora-geral do MPC fala sobre corrupção em Congresso de Direito Administrativo

08/05/2019

(Foto: Luiz Gustavo Ribeiro)

 A procuradora-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Elke Andrade Soares de Moura, se apresentou, durante a tarde de ontem (07/05), no XI Congresso Mineiro de Direito Administrativo.  A procuradora Elke, juntamente com o promotor de Justiça do Ministério Público, José Carlos Fernandes Júnior, o doutor em Direito Administrativo, Luciano de Araújo Ferraz, debateram no  painel “Corrupção, transparência e participação”, na mesa que foi presidida  pelo Procurador-Geral do município de Belo Horizonte, Tomáz de Aquino Rezende. O painel faz parte do XI Congresso Mineiro de Direito Administrativo, que ocorreu entre os dias 6 a 8 de maio, na sede da Fundação Dom Cabral.

 
Elke Andrade iniciou a palestra falando sobre o tema “Experiências internacionais no combate à corrupção na área da contratação pública: O que pode ser adotado no Brasil? ”. Ela destacou que a corrupção não é um “privilégio” dos países subdesenvolvidos, mas que também está presente em países economicamente desenvolvidos e com um nível sócio educacional avançado. A procuradora enfatizou que a esfera pública não é a única atingida por esse problema, segundo ela, a corrupção está presente, de uma forma muito expressiva, na esfera privada.
 
Desenvolvendo o tema, Elke Andrade compartilhou alguns estudos sobre mecanismos internacionais de combate à corrupção, como a celebração de tratados e convenções que buscam, em um compromisso conjunto, levantar uma bandeira global para se combater o crime. Ela afirmou que o Brasil ratificou alguns desses tratados, como a “Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais” da OCDE, a “Convenção Interamericana Contra a Corrupção da OEA” e a “Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção”. Como exemplo, ela falou do Banco Mundial que não libera créditos para as empresas que não demostram a gestão de risco, em sistemas de compliance.
 
Por meio de um gráfico elaborado pela Transparência Internacional, organização não governamental com sede em Berlim, Elke apresentou um comparativo dos índices de corrupção e a posição que o Brasil ocupa no quadro. No ranking de 180 países, o Brasil se encontra na posição de 105º o que, segundo ela, demonstra uma situação “bastante desfavorável”.
 
A procuradora-geral ainda falou sobre algumas experiências internacionais, no âmbito legislativo, que já tem ajudado no combate à corrupção. Elke lembrou que para ter êxito no combate à corrupção é necessária a combinação de diversos fatores, entre eles, “o fortalecimento das instituições, maior fomento do controle social, maior transparência e melhoria do nível educacional”, declarou ela.
 
Coordenadoria de Jornalismo e Redação / Luiz Gustavo Ribeiro