Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

Previdência complementar é tema de seminário virtual

18/09/2020

O diretor-geral Marconi Braga na reunião on-line que ocorreu pela plataforma Zoom

Na manhã desta sexta-feira (18/9/2020), a Fundação de Previdência Complementar do Estado de Minas Gerais (Prevcom-MG) realizou seminário virtual sobre o tema juntamente com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG). O presidente do conselho deliberativo da Prevcom-MG, Marcelo Barroso, traçou uma visão geral sobre a Reforma da Previdência no Estado de Minas Gerais delineando historicamente como ela vem acontecendo ao longo dos anos. O diretor-presidente da entidade, Armando Bello, abordou diretamente o assunto da Previdência complementar explicando com exemplos e simulações o que o servidor pode esperar dela. O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) foi representado pelo diretor-geral Marconi Braga, que abriu o evento. O conselheiro substituto Adonias Monteiro acompanhou a reunião on-line.

O evento foi voltado aos servidores do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, mas servidores de outros órgãos puderam participar. O objetivo foi divulgar as regras da previdência complementar, sobretudo aos novos servidores que ingressaram no TCEMG. O diretor de Finanças do Tribunal de Contas do Estado, Eduardo Chaves, foi facilitador e parceiro na realização do evento. Ele é conselheiro fiscal da Prevcom.

Abertura do evento

O diretor-geral do TCEMG, Marconi Braga, disse que o tema “costuma suscitar intenso debate, tanto pela dimensão econômica e fiscal (tendo em vista que pode comprometer parcela significativa do orçamento do Estado de Minas Gerais) como também pela dimensão política e social, devido aos reflexos diretos das mudanças dessas regras previdenciárias (com a recente reforma) sobre um conjunto grande da população”, explicou.

Marconi defendeu a necessidade da Reforma da Previdência em Minas Gerais por “decorrer não apenas da correção de distorções do ponto de vista fiscal como também para a garantia da sustentabilidade (fiscal e atuarial). Ou seja, para garantir o pagamento dos futuros beneficiários servidores públicos”, afirmou.

O diretor-geral do TCE ponderou que o Estado de Minas Gerais tem níveis elevados de despesas com pessoal em uma trajetória crescente que piora ou vai piorar se tornando quase que insustentável daqui a algum tempo. “Temos um déficit da ordem de R$ 5,48 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano. E que necessita do aporte do tesouro estadual”, alertou Marconi Braga classificando como “grave” a situação.

Ele informou que atualmente existem 67 servidores do Tribunal de Contas que aderiram ao plano de previdência complementar da Prevcom. Eles contribuem mensalmente e o Tribunal também (proporcionalmente) dá essa contribuição. “É importante destacar que na questão da previdência complementar o servidor contribui e o Tribunal também tem a “parte” dele, a chamada contribuição patrimonial”, frisou.

Marconi disse que "cada um irá fazer as suas contas e ver (depois que for sancionado o projeto) a possibilidade de fazer adesão ao plano de previdência complementar da Prevcom", concluiu o diretor-geral do TCEMG.

Prevcom-MG

O presidente do conselho deliberativo da Prevcom-MG, Marcelo Barroso, disse que não faz parte do plano de previdência da entidade porque não é possível, devido ao cargo que ele ocupa. “Porque senão eu faria com certeza”, afirmou.

Ele lembrou da responsabilidade da entidade em administrar o plano por terem o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) e Ministério Público (MP) como fiscais. “Não tem fiscalização melhor. Temos normas que exigem qualificação”, salientou o presidente do conselho deliberativo da Prevcom-MG, Marcelo Barroso. Ambos os órgãos são patrocinadores da Prevcom, ou seja, contribuem mensalmente.

O diretor-presidente da entidade, Armando Bello, lembrou que os servidores empossados antes de 2015 poderão migrar para o plano de previdência complementar depois dos trâmites legais. Armando destacou que o foco da Prevcom é o participante. “O participante tem controle sobre seu plano de aposentadoria e pode montá-lo. Somos uma entidade sem fins lucrativos, não temos que pagar dividendos para ninguém. E temos uma gestão bem enxuta”, argumentou o diretor-presidente da entidade, Armando Bello.

Ele ressaltou a possibilidade de se fazer aportes e ajustes para a dedução do imposto de renda (rendimentos tributáveis). “É possível fazer aportes durante o ano de contribuição para aproveitar os 12% de desconto no Imposto de Renda”, informou Armando Bello. A possibilidade de ganhos fiscais (Imposto de Renda de Pessoa Física-IRPF) na percepção do benefício, de se receber a contrapartida do patrocinador (órgão para quem se trabalha) e a garantia de benefícios acima do teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) foram apontados como vantagens do plano. Armando Bello ainda informou que 1% dos aposentados no Brasil são financeiramente independentes.

Legislação

De acordo com informações que constam no portal eletrônico da entidade, a criação da Prevcom-MG foi autorizada por meio da Lei Complementar estadual número 132, de 7 de janeiro de 2014. A lei instituiu o regime de previdência complementar do Estado de Minas Gerais. Ainda de acordo com a Prevcom-MG, o Estatuto Social foi publicado no anexo do Decreto estadual número 46.525, de 3 de junho de 2014.

No portal eletrônico da entidade, na seção "Quem somos", constam as seguintes informações: "Somos uma entidade fechada de previdência complementar, organizada sob a forma de pessoa jurídica de direito privado, de natureza pública, e dotada de autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos".

A entidade também informa em seu portal que "atualmente, a Prevcom-MG administra o plano de benefício de previdência complementar Prevplan, autorizado a funcionar desde 12 de fevereiro de 2015".


Redação: Karina Camargos Coutinho | Coordenadoria de Jornalismo e Redação | Diretoria de Comunicação

Clique aqui e leia notícia relacionada