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III Simpósio Nacional de Educação discute importância do ensino escolar na primeira infância

16/03/2021

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), em parceria com a Escola Superior de Contas (ESCON), deu início hoje, 16 de março, ao III Simpósio Nacional de Educação (Evidências que contam, Ações que transformam). O objetivo do evento é debater o papel dos Tribunais de Contas como indutores de políticas públicas educacionais, Alfabetização e Primeira Infância. Dessa forma, o foco é buscar a mobilização dos diversos segmentos que atuam no Controle da Administração Pública, em especial aqueles vinculados aos Tribunais de Contas, os gestores públicos, lideranças e profissionais da educação, a fim de se estabelecer um compromisso com a priorização de ações concretas que promovam aprendizagem de qualidade, contribuam para a redução da desigualdade educacional e gerem equidade.

Além disso, o Simpósio também pretende promover espaços de discussão e reflexão sobre a implementação de Políticas Públicas de Alfabetização e Primeira Infância, a partir da integração das boas práticas educacionais com um controle externo da administração pública fundamentados em evidências científicas.

O primeiro dia do evento discutiu a função dos Tribunais de Contas como indutores de políticas públicas educacionais. Os desafios da fiscalização e controle empreendidos neste processo, iniciativas inovadoras voltadas à articulação interinstitucional e a importância da gestão com base em evidências e avaliação como ferramentas essenciais para a implementação das políticas educacionais.

A fala de abertura ficou por conta do conselheiro presidente do TCE-RO, Paulo Curi, que lembrou que as primeiras edições aconteceram em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Curi afirmou que espera que o evento tenha o mesmo sucesso das montagens anteriores, “apesar da modalidade on-line”, lamentou.

Após a abertura, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul e presidente do Comitê Técnico da Educação do Instituto Rui Barbosa, Cezar Miola, homenageou os educadores e outros profissionais que continuam exercendo os papeis durante a pandemia. “E mesmo hoje, fisicamente distantes, eu diria que nosso entusiasmo não diminuiu. Ao contrário! Nessa severa e provadora adversidade que vivemos, acabamos nos inspirando nas pessoas que estão fazendo esses dias serem mais iluminados pela determinação, pela esperança, pela coesão, pela humildade, pela dedicação e competente atuação profissional, sobre tudo na saúde, mas também da educação e em tantas outras frentes”.

Em seguido a professora Alessandra Gotti, presidente-executiva do Instituto Articule, lembrou que, além da colaboração na esfera governamental, tanto União, Estado e Município, o impulsionamento da educação também precisa contar com a cooperação do sistema de justiça, os tribunais de contas e o poder legislativo. “Espaço de pactuação e de diálogo prévio que congreguem os gestores públicos aos órgãos de sistema de justiça e órgãos de controle, poder legislativo e sociedade civil conferem mais eficiência às políticas públicas, além de incrementar o ambiente de segurança jurídica. Outro importante benefício é o alinhamento da pauta. A reunião desses autores cria uma agenda comum, que reduz a simetria de informação entre as instituições, facilita a formação de consensos e harmonização de entendimentos com o ganho bastante efetivo”, afirmou. Para Gotti, as crianças e adolescentes merecem ser priorizados no atendimento de serviços públicos, já que educação deveria ser uma missão do governo. “Eles são o futuro do nosso país e a educação é a chave para esse futuro, para o desenvolvimento social e econômico da nossa nação”, finalizou.

Para o terceiro palestrante, o professor Chico Soares, os tribunais de contas tem função essencial para a qualidade do ensino nas instituições públicas. A proposta é trabalhar com metas para simplificar a entrega do trabalho. Soares alertou que não é papel dos TCs em questionar questões pedagógicas, porém é importante ter conhecimento do material que é usado para poder cobrar um ensino com excelência.

A professora Priscila Cruz ficou responsável pela última palestra do primeiro dia. Ela advertiu que muitos administradores abrem mão de realizar investimentos em educação, porque sabem que o tema vai ser trabalhado em outros mandatos. “A gente precisa transforma a educação em uma área prioritária e os órgãos de controle, como os tribunais de contas, tem a atribuição de cobrar da gestão pública a continuidade, seguir as metas do Plano Nacional de Ensino, seguir o que está dando certo no local e em outros lugares”, encerrou.

Próximos dias

Amanhã, 17 de março, as palestras vão abordar temas referentes à Primeira Infância, abordando a importância de investir no desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos para impulsionar o crescimento de um país melhor.

O último dia de Simpósio, 18 de março, pretende falar sobre a Avaliação Nacional de Alfabetização e a participação do Brasil no Estudo Internacional de Progresso em leitura (PIRLS), assim como as contribuições da neurociência e da ciência em leitura na prática pedagógica dos professores no exercício diário de alfabetizar as crianças brasileiras.

O III Simpósio foi pensado para alcançar os prefeitos, secretários de educação, lideranças educacionais das redes municipais e estaduais de educação, diretores escolares, coordenadores pedagógicos, professores, parceiros institucionais do TCE, servidores jurisdicionados e/ou acadêmicos, membros do poder judiciário e do ministério público, procuradores públicos e auditores dos tribunais de contas.

Para realizar as inscrições e acessar a programação completa, clique aqui.

Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação