Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

Portal do TCEMG de auxílio a municípios em crise é lembrado em Fórum de Gestão Pública

05/05/2021

Realizado pelo Conselho Regional de Administração de Minas Gerais (CRA-MG), em parceria com o Conselho Federal de Administração (CFA), O Fórum de Gestão Pública recebeu o assessor de gabinete do conselheiro Mauri Torres, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Marconi Braga, hoje, 05 de maio, para falar sobre “Órgãos de Controle, Governança, Integridade e os Benefícios para uma boa Gestão Pública”.

Marconi apresentou um histórico das transformações de termologia relacionados aos Controle da Administração Pública e falou sobre a mudança de paradigmas no controle externo, principalmente nos tribunais de contas. O servidor do TCE mineiro, contou que até pouco tempo, o controlador seguia um caminho tradicional, observando a lei, mas agora a sociedade quer ver resultados, então a fiscalização foca nos desfechos dos serviços prestados à população.

Os órgãos de controle externo tem seguido uma linha de controle dialógico e consensual. Primeiro, visam a orientação e fiscalização e, se não der certo, só então, procuram a punição. Com o advento da pandemia, a noção de controle se viu, ainda mais, obrigada a avaliar os resultados e não se apegar à nuances legais, já que a urgência da situação estimulou soluções e ações de políticas públicas que não estão previstas em código nenhum. Este efeito aconteceu em tribunais de contas de todo o mundo.

Marconi lembrou que o tribunal de contas tem o papel de avaliar a regularidade, o desempenho da gestão pública e fazer determinamos e recomendações. Para realizar esse trabalho, é necessário produzir e coletar dados de todos os jurisdicionados. “Avaliamos a conduta dos responsáveis pela gestão dos recursos público, adotando as medidas necessárias para a devida responsabilização. Focamos no benefício e no impacto do controle”, afirma.

Para exemplificar as funções do Tribunal de Contas de Minas, na prática, o analista de controle externo, mostrou ações de boas práticas e benefícios da prevenção, com resultados positivos, quando seguiram as orientações do órgão.

O Tribunal de Contas também cumpre o papel pedagógico em orientar os administradores público em diversas funções relacionadas ao erário, como fortalecer as receitas municipais com um orçamento finito. Marconi ressaltou que há despesas fixas, obrigatórias por lei, mas a arrecadação pode variar e isso causa uma crise no Estado ou município.

E aí está um dos principais desafios encontrados em um órgão de controle externo. Marconi apontou que a dificuldade em auxiliar os municípios a incrementar as receitas tributárias e fazer a diferença na vida dos cidadãos, contribuindo para o desenvolvimento econômico local foi um dos pontos de partidas para a criação do Portal Receitas.

Idealizado pelo Tribunal de Contas mineiro, o Portal Receitas tem a finalidade de dar condições para que os municípios arrecadem melhor e, assim, investir mais em áreas que têm necessidade. A página eletrônica é um espaço que busca a eficiência na gestão das receitas municipais, construindo possibilidades para que as prefeituras tenham mais eficácia na arrecadação, bem como serve para que o cidadão tenha conhecimento da eficácia da gestão municipal.

Lançado no primeiro semestre de 2019, durante dois anos, o projeto recebeu dados dos jurisdicionados, divididos em legislação tributária, recursos humanos, infraestrutura física e tecnológica da informação, procedimentos de fiscalização e cobrança judicial de créditos tributários. 77% dos municípios mineiros aderiram à pesquisa e, então, receberam um “diagnóstico personalizado” do TCE sobre suas fragilidades e as providências a tomar.

O Fórum deste ano teve “Desafios da Inovação e Disruptividade na Gestão Pública” como tema. O objetivo de realizar o evento foi estimular agentes sociais ao desenvolvimento da gestão pública, potencializar projetos de modernização, refletir sobre reestruturação de processos, promover debates e claro, entender a dimensão e a importância de uma gestão moderna e bem-feita, ressaltando a necessidade de inovação e conciliação de conceitos.

O evento foi aberto ontem, 04 de maio, pelo presidente do Conselho Regional de Administração de Minas Gerais (CRA-MG), Jehu Pinto de Aguilar Filho; pelo vice-presidente do Conselho Federal de Administração, Rogério Ramos; e pela Coordenadora geral do FOGESP e conselheira federal pelo CRA do Amapá. Em seguida, Rogério Ramos proferiu a Palestra Magna “Gestão Pública em Tempos de Pandemia”.

A primeira edição do Fogesp aconteceu em julho de 2018, em Brasília. Naquele ano, o evento discutiu a gestão do Estado na perspectiva de superar as contingências do presente para construir uma plataforma para o futuro. Entre os palestrantes, estiveram no evento o filósofo francês, Gilles Lipovetsky, e o cientista político belga, Geert Bouckaert.

Fred La Rocca | Coordenadoria de Jornalismo e Redação