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Auditoria sobre presídios resulta na devolução de R$ 376 mil aos cofres do Estado

10/02/2022

Arquivo da Auditoria Operacional

O relatório da auditoria operacional sobre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), processo 1.084.566, foi aprovado na sessão do dia 08/02/2022, pela Primeira Câmara do TCEMG. A ação, conduzida pela Diretoria de Controle Externo do Estado, do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), avaliou os contratos de fornecimento de alimentação em presídios, celebrados pelo governo do Estado. Todos os membros da Primeira Câmara aprovaram, integralmente, a proposta de voto do relator, conselheiro substituto Adonias Monteiro.

Durante a análise de um dos procedimentos licitatórios e sua execução contratual, a equipe de auditoria identificou um ponto de atenção que resultou no ressarcimento de R$ 376 mil ao erário estadual. A execução contratual do pregão 171/2018, ainda vigente à época, tinha como modalidade o fornecimento de alimentação “transportada”, no entanto, a empresa fornecedora estava prestando o serviço nas instalações das unidades prisionais. A ação imediata da equipe do TCEMG em cooperação com órgãos da Administração Pública permitiu que a devolução fosse concluída antes de se transformar em um processo de cobrança.

A auditoria foi realizada entre 2019 e 2021, a partir de dados levantados pelo Centro de Fiscalização Integrada e Inteligência (Suricato) do TCEMG, além de informações prestadas pelo Ministério Público do Estado e pela Controladoria Geral do Estado – CGE, e, principalmente, em razão do grande volume de denúncias e representações perante ao Tribunal de Contas que tratavam deste tema. Os estudos da equipe técnica avaliaram os processos de aquisição de alimentos, considerando os procedimentos licitatórios, contratos e a execução. Durante o trabalho, a auditoria verificou a existência (em maio de 2019) de 198 contratos vigentes e 32 empresas contratadas para atender uma população carcerária de 73.397 detentos, de acordo com dados do Sistema Integrado de Gestão Prisional – Sigpri; além de o número de 198 unidades prisionais, e um total de 18.021 servidores nessas unidades.

Os apontamentos que retratam as deficiências nos procedimentos de controle nas contratações de fornecimento de alimentos foram sintetizados no Relatório de Auditoria que destacou 17 pontos críticos. A decisão, com base neste relatório, traz 23 recomendações e 12 determinações à Sejusp, dentre elas, que se adote as medidas cabíveis para apuração de responsabilidades quanto à omissão na fiscalização do cumprimento da exigência relacionada à vedação da utilização das dependências da unidade prisional para preparação de itens das refeições; que exerça, com rigor, a fiscalização dos contratos administrativos pactuados, no âmbito do fornecimento de refeições às unidades prisionais, de modo a apurar eventuais irregularidades no transporte da alimentação; que faça constar nos processos de aditivos contratuais a declaração prévia de existência dos recursos financeiros correspondentes; e, que realize estudo de impacto orçamentário-financeiro do exercício vigente e dos dois subsequentes, conforme disposição da Lei Complementar n. 101/2000, visando efetuar um planejamento mais preciso das despesas dos exercícios seguintes.

A decisão possui ainda recomendações à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - Seplag e à Controladoria-Geral do Estado, e estabelece um prazo de 60 dias para a Sejusp proceder à elaboração de um plano de ação com as providências nos pontos avaliados.


Alda Clara – Coordenadoria de Jornalismo e Redação - Diretoria de Comunicação Social do TCEMG