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Seminário no TCEMG reforça o uso da tecnologia da informação em favor do controle externo e da cidadania

27/04/2022

A mesa de honra do seminário (Foto: Thiago Rios Gomes)

O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) sediou nesta manhã, 27 de abril de 2022, o seminário O uso da Tecnologia da Informação e o Controle a serviço da Cidadania. O seminário  é uma homenagem ao conselheiro do TCEMG aposentado recentemente, Sebastião Helvecio, e tem a pretensão de promover reflexões sobre como a tecnologia da informação (TI),  como instrumento para a construção da cidadania, pode servir ao controle externo e à sociedade.

Compuseram a mesa o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), conselheiro Mauri Torres; o presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), conselheiro Carlos Pontes Lima; o presidente da Associação dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Edilson de Sousa Silva; o presidente da Associação Brasileira dos Tribunais de Contas dos Municípios (Abracom), Joaquim Castro; o vice-presidente do TCEMG, conselheiro Durval Ângelo; o homenageado,  conselheiro aposentado do TCEMG Sebastião Helvecio; o conselheiro do TCEMG Cláudio Couto Terrão e a representante do Ministério Público de Contas, procuradora Sara Meinberg.

O presidente Mauri Torres fez a abertura oficial do evento, salientando o avanço da tecnologia e a necessidade de que ela esteja a serviço da sociedade. Segundo Mauri, a pandemia intensificou a necessidade do teletrabalho, da videoconferência, e que essas ferramentas têm de ser usadas em favor do interesse da sociedade.

Em seguida o conselheiro Edilberto Pontes, presidente do IRB, afirmou que a escolha do tema foi muito oportuna tendo em vista a importância do processamento de dados tanto para o setor privado quanto para o público, seja no combate a fraudes, seja na efetiva fiscalização e na avaliação de políticas públicas, reforçando o quanto a tecnologia da informação pode contribuir para a cidadania.

Para o conselheiro Edilson de Sousa, presidente da Atricon, o uso da TI para os meios de controle é tão vital quanto o ar que se respira. Elogiou os conhecimentos e a contribuição do conselheiro Helvecio para o controle, comparando-o a uma fênix, que sempre ressurge, emprestando seu vasto conhecimento e dedicação ao sistema. Destacou a criação do Suricato no TCEMG, que é referência do uso da tecnologia para a melhoria do controle externo. “Se todo planeta avança na dependência e no desenvolvimento de tão importante ferramenta, os órgãos de controle terão de se lançar proativamente na busca do manuseio do desenvolvimento e do conhecimento para a aplicação dessa ferramenta tão importante para o controle externo”, defendeu Sousa.

Representando o TCEMG, o conselheiro corregedor Durval Ângelo ressaltou as três ideias básicas do seminário; o uso da ferramenta da inteligência artificial, “que vislumbra um admirável mundo novo, mas nos traz uma sociedade em que cada vez mais a barreira entre privado e público desaparece”; os órgãos de controle, que necessitam se reposicionar na sociedade em que vivemos, onde as instituições democráticas estão sendo questionadas permanentemente; e a cidadania, enfatizando o desafio que é atender aos anseios e às exigências cada vez maiores do cidadão, destinatário final das ações dos tribunais de contas. Para isso, Durval reforça a necessidade de se discutir efetivamente as políticas públicas, o combate à corrupção, além da busca da redução das desigualdades e da inclusão social.

Também representando a Corte de Contas mineira, o conselheiro Cláudio Terrão afirmou que Sebastão Helvecio mudou os paradigmas do controle ao chegar no TCEMG. “Em conversas, ele sempre falava da necessidade de os órgãos saírem do modelo de atuação do controle de conformidade para uma análise de política pública e do necessário investimento em base tecnológica”, complementa Terrão, para quem a manipulação dos dados pode ser comparada à segunda fase do iluminismo, que, em princípio se configura como mito, mas que depois é substituído pela razão. O conselheiro garante que essa manipulação dos dados é o caminho que se apresenta e que é importante saber o que esses dados podem trazer à sociedade em forma de benefício.

O conselheiro homenageado Sebastião Helvecio iniciou suas palavras enaltecendo o dia do auditor de controle externo, 27 de abril, e sua relevância para a cidadania. Citou grandes nomes do controle externo, como David Walker, que conseguiu elevar o escritório de contas  do governo norte-americano à categoria de um escritório de governança, propiciando, com isso, um avanço no papel dos órgãos de controle na avaliação das políticas públicas. Helvécio entende ser este o caminho que os tribunais de contas terão de percorrer e reforçou a necessidade de mudança de paradigma em que esses órgãos deixam de ser meros guardiões das contas para se constituírem efetivamente em parceiros da administração pública em favor do cidadão. Encerrou seu pronunciamento, agradecendo aos colegas da Corte de Contas de Minas.

Após a fala da representante do Ministério Público, Sara Meinberg, que considerou a inteligência artificial essencial para o controle externo, e Sebastião Helvecio um homem sempre à frente de seu tempo, foram iniciados os trabalhos, tendo sido convidados para presidir a mesa de conferência de abertura o ouvidor do TCEMG, conselheiro Wanderley Ávila, e o professor  Denilson Feitoza, presidente da Associação Internacional para estudos de segurança e Inteligencia (Inasis). 

 

O homenageado do dia, Sebastião Helvecio  (Foto: Thiago Rios Gomes)

 


 Denise de Paula / Jornalismo e Redação