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TCE sedia III Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania  

25/11/2024

Tribunal de Contas mineiro sedia III Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania

Na manhã dessa segunda-feira, 25 de novembro de 2024, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), deu início ao III Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania. Fruto da parceria entre o Tribunal de Contas mineiro,  Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP),  Instituto Rui Barbosa (IRB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP), Instituto de Direito Financeiro (IDFin) e Fundação Arcadas, o congresso tem o objetivo de “ampliar o estudo do direito público, envolvendo sobretudo o direito financeiro e constitucional e suas relações com a cidadania e o ideal democrático”.

Compuseram a mesa de honra o presidente do TCEMG, conselheiro Gilberto Diniz; o presidente do IRB e corregedor do Tribunal de  Contas do Ceará, conselheiro Edilberto Pontes; a conselheira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Cristiana de Castro Moraes; o desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, Flávio Boson Gambogi; o corregedor do Tribunal de Contas do município de São Paulo, conselheiro Ricardo Torres; o presidente de honra do Instituto de Direito Financeiro ( IDFin), Régis Fernandes de Oliveira; o advogado-geral adjunto do Estado de Minas Gerais, Fábio Murilio Nazar; o professor titular da Universidade de Minas Gerais, Onofre Batista. Também presentes, o conselheiro substituto do Mato Grosso do Sul, Leandro Pimentel; o conselheiro do TCEMG Durval Ângelo e os conselheiros substitutos Adonias Monteiro e Telmo Passareli, além das procuradoras Cristina Melo e Sara Meinberg.

O presidente Gilberto Diniz deu as boas-vindas aos participantes; registrou sua satisfação em  participar do congresso, que ele qualificou como importante e atual, em que especialistas, acadêmicos e autoridades do Brasil analisarão, durante dois dias, temas atuais acerca do direito financeiro e sua instrumentalidade a serviço da execução das atividades financeiras das estatais para  garantir os direitos fundamentais. “Tenho afirmado meu compromisso de atuar em posição de colaboração e intercambio, a fim de assegurar a boa prestação de serviços ao cidadão”, afirmou Diniz, que ainda ressaltou a necessidade de os Tribunais de Contas brasileiros aprenderem a construir pontes entre as várias esferas de poder bem como promover sinergia que beneficie a cidadania, com a finalidade de amplificar a efetividade das políticas públicas.

Em seguida, o presidente do IRB, conselheiro Edilberto Pontes ressaltou a importância do congresso para se discutir o papel dos Tribunais de Contas no controle das políticas públicas bem como  institucionalizar sua  avaliação no Brasil. Pontes  salientou a necessidade de os gestores públicos estudarem mais detidamente sobre direito financeiro para diminuir o que ele chamou de “apagão das canetas” – temor dos gestores em decidir contra a ação dos órgãos de controle -, o que ele qualifica como “apagão do conhecimento”, gerando, segundo o conselheiro, uma série de problemas que acaba desembocando nos Tribunais de Contas, quando vão exigir o cumprimento das leis.

Na sequência, a corregedora do TCESP, também vice-presidente do IRB, conselheira Cristiana de Castro Moraes cumprimentou os presentes, tendo ressaltado que direito financeiro e cidadania, nessa nova perspectiva de Tribunais de Contas, caminham juntos. “Não são somente órgãos legalistas”, explica a conselheira; “não analisam apenas a conformidade dos dados, mas muito mais a efetividade, com o direito financeiro impactando a vida do cidadão, contribuindo e fortalecendo a cidadania”, acrescentou.

A primeira aula da manhã foi ministrada pela professora emérita da UFMG, Misabel Dersi, que tratou do Estado de Direito e sua essência, tendo acrescentado ainda em sua exposição o papel do Tribunal de Contas na construção desse Estado de Direito. A professora Misabel lecionou sobre as funções dos Tribunais de Contas, que excedem à função de controle e de fiscalização. Para ela, os Tribunais de Contas não são apenas cumpridores de regras impostas por outros órgãos, como o Legislativo, mas criam também regras jurisdicionais ao julgar e apreciar as contas dos gestores públicos. Justificou a palestrante que as sumúlas dos TCEs, os estudos consolidados criam regras jurisdicionais, tendo chamado a atenção para a responsabilidade do juiz; “os julgadores têm que ter responsabilidade por aquilo que julgam”. Para Misabel, as regras são inevitáveis por serem necessárias ao Estado Democrático de Direito, seja qual for o regime jurídico adotado no país.

Após a fala da professora Misabel foi dado início ao primeiro painel da manhã, Controle da Dívida Pública, presidido pelo desembargador Flávio Bozon Gambogi. Compôs o painel a procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo, Élida Graziane Pinto.


 Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação