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Tribunal fiscaliza ações de prevenção e enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes

29/01/2025

Fiscalização Nacional Infância Segura

Buscar dados e informações sobre políticas públicas desenvolvidas no Estado para a prevenção e enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Com esses objetivos, o Tribunal de Contas mineiro realizou, em 2024, uma fiscalização em diversos órgãos e instituições para verificar a articulação entre os entes e mapear riscos, com enfoque especial na primeira infância. O levantamento, coordenado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), foi denominado Fiscalização Nacional Infância Segura.

Os auditores da Coordenadoria de Auditoria do Estado (CAUDE) enviaram questionários, requisição de informações e documentos, solicitação de entrevistas e fizeram inspeções in loco. Com base nas informações obtidas, a equipe de fiscalização qualificou como médio o risco da criança e do adolescente vítima de violência sofrer revitimização e/ou violência institucional no Estado. Para os auditores, as ações e políticas estão em andamento, mas são necessárias melhorias principalmente relacionadas à efetiva implementação ou à articulação entre as instituições envolvidas.

As instituições fiscalizadas, que compõem o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), foram: Defensoria Pública de Minas Gerais, Ministério Público de Minas Gerais, Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria de Estado de Educação, Polícia Civil de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, Instituto Médico Legal, Conselho Tutelar de Belo Horizonte, Polícia Militar de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Governo, Delegacia Especializada e Centro Integrado VECCA – Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente.

O levantamento permitiu o entendimento sobre o funcionamento da estrutura organizacional e física das instituições, bem como se essas atendiam os quesitos requeridos pela Lei n. 13.431/2017, especialmente quanto à governança multinível da política, prevenção, repressão e acolhimento; além da apuração de dados e estatísticas.  Segundo levantamento divulgado em agosto pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), de 2021 a 2023, mais de 15 mil crianças e adolescentes foram vítimas de Mortes Violentas Intencionais (MVI) no país.

Belo Horizonte

Os auditores do TCEMG se depararam com um relato de uma das conselheiras tutelares da capital mineira. Durante a inspeção realizada, ela questionou falta de estrutura, de recursos e de segurança na atuação dos conselheiros, além de afirmar acerca da remuneração inadequada e sobrecarga de trabalho. O Tribunal de Contas enviou ofício à Prefeitura de Belo Horizonte para buscar informações sobre a estrutura e equipamentos disponibilizados aos conselhos tutelares.

O Relatório Nacional de Levantamento consolidado pela Atricon e os anexos produzidos pelo TCEMG podem ser consultados nos links abaixo.
 
Relatório Infância Segura - Atricon
 
Relatório Infância Segura – TCEMG
 
Questionário
 
Equipe de fiscalização:
José Kaerio França Lopes;
Leandro Lobato Curty;
Luísa Naiuana Ferreira da Costa Fechine;
Maria de Lourdes Pinheiro;
Jeane Pinheiro Santos (supervisora); e
Isis Maciel Marinho (colaboradora).