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Café com Dados: Suricato apresenta resultados alcançados com uso da análise de dados e de ferramentas tecnológicas

07/02/2025

Diretor do Suricato apresenta resultados utilizando análise de dados e ferramentas tecnológicas   Créditos: Daniele Fernandes

A Superintendência de Controle Externo – Central Suricato – na manhã dessa quinta-feira, 6 de fevereiro de 2024, reuniu diretores, coordenadores, servidores e colaboradores da Casa para o Café com Dados, com a finalidade de apresentar os resultados do setor, evidenciando como a utilização da análise de dados e o uso de ferramentas tecnológicas contribuem para o fortalecimento do Controle Externo.

O Superintendente Pedro Azevedo deu as boas-vindas aos presentes, agradeceu a toda a equipe do Suricato, salientando a importância de demonstrar os “resultados ao encerrar uma gestão exitosa”. Passou, em seguida, a palavra para o diretor do Suricato, Henrique Quites, que esclareceu ser este o segundo Café com Dados, apresentando fotos que registraram o primeiro, ocorrido em 2023, e que apontou para a necessidade de maior aproximação do Tribunal com o jurisdicionado e a sociedade em geral.

Quites esclareceu que já encontrou uma base sólida no Suricato; agradeceu o trabalho da equipe, que ele chamou “sem precedentes” de tão prazeroso, enfatizando a conquista de um novo espaço para a sede e a consolidação de uma coordenadoria que já existia. O diretor garantiu que o trabalho, a confiança, ao longo desses últimos 4 anos, resultaram em benefícios para o Controle Externo e apresentaram economia significativa aos cofres públicos, além de muita repercussão positiva na mídia. “A expansão dos horizontes do controle foi muito significativa e muito palpável nos feedbacks que recebíamos dos jurisdicionados”, comemorou Henrique.

Em seguida, com a temática Conhecer para Fiscalizar, o coordenador de Fiscalização Integrada dos Municípios (CFIM), Alex Lopes de Freitas, levou os presentes a se confrontarem com o dilema clássico da ética, ao lançar uma situação envolvendo extrema necessidade de atendimento em áreas como Saúde, Educação e Infraestrutura, tendo perguntado aos presentes qual atendimento elegeriam como prioritário. Diante das respostas e argumentações dos presentes, Alex, ao final, esclareceu que todas as áreas precisam ser atendidas com a mesma prioridade e enfatizou a necessidade de o Tribunal ir ao encontro desses necessitados de sua atenção, uma vez que, muitas vezes, eles  nem sabem da existência do Tribunal de Contas.

O servidor Cláudio Lopes, representando a Coordenadoria de Fiscalização Integrada do Estado (CFIE), discorreu sobre os Auxílios emergenciais, tendo destacado a importância do cruzamento de dados bem como a Trilha de Auditoria para a fiscalização do Auxílio emergencial mineiro, o Auxílio Belo Horizonte e os convênios estaduais. Para o primeiro caso foi apresentado o alto número de irregularidades detectadas na fiscalização desses benefícios, como por exemplo: famílias com renda per capita acima da prevista (23.500); beneficiário que já se encontrava falecido (6.548); todos os membros falecidos (36), tendo apresentado também situações em que o beneficiário se encontrava com o CPF duplicado no CadÚnico (5). Esses achados, totalizando 30.089, e devidamente encaminhados à Corregedoria-Geral do Estado (CGE) e à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), economizaram milhões aos cofres do Estado e repercutiram positivamente nas mídias.

A servidora Isabella da Costa e Souza Pimentel, representando a Coordenadoria de Fiscalizaçao Integrada de Atos de Pessoal (CFIAP), falou das Trilhas Eletrônicas de Fiscalização no âmbito dos Atos de Pessoal. Enfatizou a importância do Cadastro de Agentes Públicos do Estado e dos Municípios de Minas Gerais (CAPMG). Segundo a palestrante, as trilhas utilizam os dados fornecidos pelo CAPMG, além de fazer um acompanhamento contínuo dos Atos de Pessoal. Ainda de acordo com Isabella, a planilha criada pelo Suricato emite alerta ao identificar irregularidades. A servidora ressaltou que o sistema funciona como via de mão dupla, permitindo que o jurisdicionado se manifeste, após ser acionado pelo TCE. Só depois dessa manifestação é que se faz uma análise da situação.  “Esse diálogo é benéfico, reflete na qualidade dos dados e cria uma expectativa de ação e de acompanhamento continuado”, garante a servidora.

A coordenadora do Laboratório de Análise de Dados do Suricato (Land), Luciana Henriques Canaan, abordou o tema LAND - Inteligência em Dados. Segundo a coordenadora, a pandemia do Covid 19 acelerou o processo para a transformação digital. Ressaltou a revolução dos dados no setor público, em que toneladas de processos físicos foram substituídos pela digitalização. “Hoje em dia geram-se rastros digitais em meio a uma abundância de dados, o que passa a ser um ativo valioso”, afirmou Canaan, que complementou que a análise de dados permite antecipar-se ao risco para a tomada de decisão. Esclareceu que tal conduta aumenta a sensação de controle, melhora as práticas de gestão e faz com que o jurisdicionado perceba que está sendo monitorado. Luciana ainda ressaltou a importância do robô Solaris Supernova – grande carro-chefe do Controle Externo - bem como do próximo produto, o Classificador Automático de Jurisdicionados (Caju), responsável por fazer o processamento dos CNPJs.

Em seguida, o servidor Leonardo Alves Mateus apresentou os resultados obtidos com a ferramenta Apolo e o Painel de Shows Artísticos, esse último trazendo um panorama geral dos shows artísticos, que movimentam grande volume financeiro nos municípios. Leonardo fez uma contextualização do produto Apolo – inteligência artificial, lançado no âmbito do Suricato em 2023 e sua importância para a fiscalização das obras públicas. Explicou que o robô faz a busca nas tabelas identificando os possíveis sobrepreços e as medidas destoantes, propiciando que um único auditor consiga processar as demandas geradas pela ferramenta.

Por fim, o coordenador de Operacionalização de Trilhas Eletrônicas de Fiscalização (COTEF), Fábio Dias Costa falou da Metodologia ONR (ofício, notificação e representação) e dos resultados obtidos com o robô Solaris, outra ferramenta tecnológica a serviço da fiscalização. O palestrante chama a atenção para a necessidade de que o controle seja exercido de forma preventiva para evitar prejuízos à administração pública. Citou as cartilhas, os encontros técnicos como exemplos de ações prévias, pedagógicas, que impedem as ações punitivas por parte do TCE. Assevera a necessidade de o Tribunal de Contas estar presente no momento certo. E salienta a contribuição do robô Solaris nas trilhas de fiscalização, na identificação de equipamentos superfaturados, com requisitos que ultrapassam em muito a necessidade pública. “Sem que ninguém saia do lugar, 489 municípios e 12 messorregiões foram autuadas, ampliando o universo do Controle Externo, concluiu o coordenador. 

 

Café com Dados

 


Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação