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Combate à violência contra a mulher em Minas é fiscalizado pelo Tribunal de Contas

10/03/2025

Foto ilustrativa
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é uma data de reflexão e luta pela igualdade de gênero, destacando a importância do combate à violência contra as mulheres, a busca por melhores condições de trabalho e a ampliação da representatividade feminina em todos os setores da sociedade. Garantir um mundo mais justo e seguro para as mulheres exige o compromisso de toda a sociedade na promoção de políticas públicas eficazes, na valorização do trabalho feminino e na desconstrução de estereótipos que limitam seu protagonismo.
 
Atento à necessidade de fiscalizar as políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher no Estado e em municípios mineiros, o Tribunal de Contas de Minas Gerais realizou, nos últimos anos, auditorias operacionais para avaliar a atuação do poder público no segmento. O objetivo é garantir que as diretrizes estabelecidas sejam efetivamente aplicadas para fortalecer a rede de proteção às mulheres.
 
Auditoras da Corte de Contas avaliaram aspectos como: a ampliação dos serviços da rede especializada que ofertam atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica no Estado; a atuação das polícias civil e militar diante da crescente violência doméstica, no que tange à oferta do serviço, acesso à capacitação, monitoramento das ações e articulação com outros envolvidos; e o atendimento especializado ofertado pela Defensoria Pública que inclua programas voltados para a prevenção da violência doméstica contra a mulher. A equipe de auditoria ser formada exclusivamente por mulheres permitiu um olhar mais apurado e assertivo sobre a política pública. 
 
O Tribunal de Contas mineiro segue acompanhando a implementação das recomendações feitas a diversos órgãos públicos para o enfrentamento à violência contra a mulher em Minas Gerais. Entre as instituições monitoradas no processo de Auditoria Operacional nº 1.095.283, relatado pelo conselheiro Agostinho Patrus, estão a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a Polícia Militar, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, a Polícia Civil de Minas Gerais e a Defensoria Pública do Estado.
 
Contexto
 
Nos últimos dois anos, a intensificação dos esforços de combate ao feminicídio no Brasil por diversos órgãos públicos resultou em uma redução de 5,1% nos casos registrados de violência contra a mulher em 2024. Apesar desse avanço, o número de ocorrências ainda é elevado. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, até outubro de 2024, os tribunais de Justiça de todo o país julgaram mais de 500 mil processos relacionados à violência doméstica distribuídos até dezembro de 2022.
 
Em Minas Gerais, onde o cenário exige ainda mais atenção, a tentativa de assassinato de mulheres aumentou 62,18% em 2024, evidenciando a persistência do problema e a necessidade de promover cada vez mais ações efetivas. 
 
Diante da gravidade do tema e buscando assegurar a prestação de auxílio necessário às vítimas, o vice-presidente do TCEMG, conselheiro Agostinho Patrus, acompanha de perto a execução do plano de ação, assegurando que as iniciativas propostas saiam do papel e sejam implementadas de forma eficaz. “Essa realidade reforça a urgência de políticas públicas mais efetivas e de uma atuação coordenada entre os diversos órgãos responsáveis pelo atendimento e proteção das mulheres”, ressalta Patrus. 
 
Municípios
 
Além de fiscalizar as ações do Estado, o TCEMG promoveu auditorias operacionais em nove municípios mineiros para acompanhar e propor melhorias nas ações de enfrentamento à violência contra a mulher. Elas ocorreram nos municípios de Juiz de Fora, Patos de Minas, Araxá, Barbacena, Sabará, Ponte Nova, Iturama, Frutal e Antônio Carlos.
 
Os municípios fizeram parte de uma amostra selecionada pela área técnica do Tribunal após análise de relatórios de órgãos públicos que evidenciavam locais com índices elevados de casos de violência contra a mulher. Os processos estão em fase de monitoramento dos planos de ações. De um modo geral, o Tribunal entende que conseguiu avançar bastante em diversos pontos dessa política pública.
 
O combate à violência contra a mulher é um dever do Estado, conforme previsto na Constituição Federal e reforçado por legislações como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. O TCEMG reafirma seu compromisso em atuar de maneira rigorosa na fiscalização dessas políticas, contribuindo para a construção de um ambiente mais seguro e justo para todas.