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Tribunal lança Plano de Gestão 2025-2026 com foco em transformar controle em resultados

20/05/2025

Servidores lotaram auditório para lançamento do plano - fotos: Daniele Fernandes

Cerca de 700 servidores e servidoras do Tribunal lotaram o Auditório Vivaldi Moreira, nesta terça-feira (20/05), para o lançamento do Plano de Gestão do TCEMG 2025-2026. Em duas sessões, pela manhã e à tarde, autoridades da Corte de Contas apresentaram os planos, estratégias e diretrizes para os próximos dois anos. Entre as principais áreas temáticas prioritárias do controle externo estão: Primeira Infância, Inteligência Artificial, Transparência, Mesa de Conciliação, Semiárido Mineiro e Terras Devolutas, entre outras. 

O presidente do Tribunal, conselheiro Durval Ângelo, abriu e encerrou os trabalhos, fazendo uma reflexão sobre o novo ciclo. O diretor-geral, Gustavo Vidigal, falou sobre as grandes diretrizes e os projetos da Presidência. As superintendentes de Gestão e Finanças, Milena Alves, e de Controle Externo, Jaqueline Somavilla, apresentaram os projetos estruturantes e estratégicos de cada área. Coube ao diretor de Planejamento e Gestão Estratégica, Alex Lopes, fazer uma abordagem narrativa sobre o papel da estratégia. Para isso, trouxe uma dinâmica que envolveu toda a equipe do TCE.

Assim que subiu no palco do Auditório Vivaldi Moreira, Alex Lopes, apresentou uma situação fictícia em que a personagem Maria é uma costureira que precisa de médico para o marido adoentado; Ana, de cinco anos, faz as principais refeições na escola; e Seu José, agricultor, está sem conseguir transportar a produção, pois uma ponte na cidade está quebrada. “É um cenário hipotético, porém muito real”, disse Lopes. Após explicar a situação de cada um deles, Alex pediu ao público que escolhesse somente uma das situações para direcionar os esforços de fiscalização na gestão de recursos. Grande parte das opiniões se dividiu entre as duas primeiras, e poucos sinalizaram pela ênfase na análise da situação de Seu José. Mas, quando ele adicionou a informação de que a ponte que impede o trabalhador rural de conduzir os alimentos é a mesma que impossibilita que a merenda chegue à escola de Ana e que profissionais acessem os centros de saúde, a resposta da maioria mudou. “Isso que vocês acabaram de fazer aqui é estratégia”, afirmou Alex Lopes.

Segundo o auditor de Controle Externo, Plano de Gestão não é só um documento institucional. “É exatamente a ponte que liga o Planejamento Estratégico do Tribunal de Contas a todo o corpo de funcionários. É o conjunto de decisões coletivas que abre caminhos e dá as diretrizes”.

“Plano é mapa. Estratégia é caminho”. Dessa forma, Alex apresentou dois tipos de estruturas organizacionais: centralizada, onde todos os pontos dependem de um centro; e a descentralizada, em que cada área tem o próprio tema e autonomia, apesar de terem conexões, existem trabalhos paralelos. “Porém, nós como Tribunal e como sociedade, estamos caminhando para a Estrutura em Rede, em que a decisão de cada setor afeta outro”, desenhou. “Está tudo conectado”.

O evento teve o objetivo de engajar todas as pessoas presentes em um só propósito: transformar controle em resultados – lema da gestão do presidente Durval Ângelo para o biênio 2025/2026. “Nosso objetivo é apresentar as grandes diretrizes do Controle Externo com sensibilidade e significado conectando cada prioridade à vida real das pessoas em Minas Gerais”, disse o presidente, que lançou um convite à equipe do TCE: “Esse Plano traz diretrizes, metas, áreas prioritárias, projetos, mas mais do que isso, ele convida cada pessoa aqui dentro a entender que a estratégia não se faz só com ideias. Se faz com decisões, com prioridades e com escolhas diárias”, refletiu. 

“É um novo ciclo, com nova linguagem, novos desafios e um compromisso antigo, que a gente não abre mão: fazer um controle público que sirva à sociedade. O Plano de Gestão que lançamos hoje tem um norte muito claro: transformar controle em resultados. E esse resultado tem nome, tem rosto, tem urgência. É o da mãe que espera a merenda de qualidade para a filha; é do idoso que precisa de um posto de saúde funcionando; é o da servidora que quer trabalhar com dignidade, sendo valorizada; é do paciente que espera que o hospital público esteja aberto e o atenda; é de um atingido por mineração, que aguarda que seus direitos sejam respeitados”, enfatizou.

O diretor-geral, Gustavo Vidigal, em seguida, relembrou todas as diretrizes da gestão atual, divididas em cinco grupos: Políticas Públicas e Direitos Fundamentais, que vão tratar de assuntos relacionados à primeira infância, educação e outros planejamentos de ações governamentais voltadas à melhoria da população; Tecnologia e Inovação no Controle, trazendo o uso consciente de inteligência artificial para a fiscalização e transparência; Gestão Pública e Sustentabilidade Fiscal, que vai cuidar de assuntos referentes à previdência social, tributação e ao terceiro setor; Desenvolvimento Regional e Ambiental, responsável por temas como mineração, semiárido mineiro e terras devolutas; e Aprimoramento de Governança Pública, que abordará cultura e diálogo com a sociedade, emendas parlamentares e ações contra corrupção.

Para que o Plano Estratégico pudesse ser colocado em atividade, o Tribunal de Contas precisou passar por uma reestruturação na área técnica. A superintendente de Controle Externo, Jaqueline Somavilla, pontuou as alterações que foram necessárias para que as novas estratégicas possam ser praticadas, como a criação de diretorias técnicas especializadas em contratações, contas e auditoria. “Criamos também uma assessoria na Superintendência para acompanhar os projetos estratégicos e também para apoiar a construção de soluções consensuais no Tribunal, além de ser referência em Inovação na área técnica, fazendo o elo entre a base e o topo. Para disseminar a cultura de inovação no ambiente organizacional, criamos núcleos de inovação em cada diretoria, com o objetivo de refletir e propor melhorias em nossos processos de trabalhos atuais e pensar o Tribunal que queremos para o futuro”, finalizou.

Junto com as mudanças estruturais, o novo grupo de gestoras e gestores do Tribunal mineiro também teve que pensar em métodos para sustentar os objetivos do Plano Estratégico. Milena Alves, superintendente de Gestão e Finanças, foi a responsável por apresentar aos servidores, servidoras e colaboradores os temas priorizados nos objetivos do Plano atual. Governança e Sustentabilidade; Gestão de Pessoas; Sistema de Pessoal; Transformação Digital; e Educação Corporativa são os assuntos trabalhados com atenção no biênio 2025-2026, mas sem esquecer de se basear no projeto que o TCEMG seguiu desde o ano de 2021.

“Vocês estão percebendo que é muito trabalho. Nós já estamos há três meses, mas parece que já são três anos. A gente tem que trabalhar dentro de uma sinergia, de uma integração, dentro de um ambiente propício para que possamos desenvolver nosso trabalho e contribuir sempre”, disse o diretor-geral, Gustavo Vidigal, antes de apresentar os projetos da Presidência.

Ao final de todas as apresentações, o conselheiro-presidente Durval Ângelo voltou ao palco. “Antes de encerrar, eu quero trazer o foco para algo que, no fundo, sustenta tudo isso que vocês viram aqui: as pessoas que fazem esse Tribunal acontecer, porque não existe Controle Externo sem pessoas comprometidas, não existe resultados sem quem acorde todos os dias e escolha fazer o melhor, mesmo com os desafios, com as limitações, com a complexidade que é o serviço público. E hoje, ao olhar para esse auditório, eu vejo um retrato muito bonito daquilo que o Tribunal se tornou ao longo dos anos: um lugar de gente de muitos cantos”, celebrou o presidente.

Veja, abaixo, fotos das apresentações.

Lançamento do Plano de Gestão 2025/2026