Siga-nos nas redes sociais:

Acessibilidade

AUMENTAR CONTRASTE

DIMINUIR CONTRASTE

Contas do Governo referentes a 2010 são aprovadas

08/07/2011

O Tribunal de Contas aprovou hoje (08/07), em Sessão Extraordinária do Pleno, as contas dos Governadores Antônio Anastasia e Aécio Neves, referentes ao exercício de 2010. O relator do Balanço Geral do Estado foi o Conselheiro Sebastião Helvecio e o revisor o Conselheiro Wanderley Ávila. Gilberto Diniz falou no processo como Auditor e a Procuradora Sara Meinberg pelo Ministério Público junto ao TCE-MG. O parecer prévio emitido pelo Tribunal será encaminhado para a Assembleia Legislativa que fará o julgamento das contas.

O relatório elaborado pelo Conselheiro Sebastião Helvecio trouxe três grandes novidades na apreciação das contas governamentais realizada pelo Tribunal de Contas. Pela primeira vez, o Tribunal extrapolou a análise formal dos dados financeiros, patrimoniais, contábeis e da legalidade dos atos praticados pelo Executivo, para aprofundar-se nos resultados práticos que impactaram na vida do cidadão.

A primeira grande inovação, inédita no País, foi a avaliação dos indicadores de políticas públicas. O Tribunal fez uma análise crítica dos 45 indicadores do Caderno de Indicadores do Governo, elaborado no Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado – PMDI, que projeta o Estado de Minas Gerais para os próximos 23 anos, e desenvolveu outros 46 indicadores para avaliar as políticas públicas estaduais, totalizando, um estudo de 91 indicadores.

Desse trabalho surgiu o Guia de Avaliação de Políticas Públicas, que consta como Anexo I do parecer do Conselheiro Sebastião Helvecio e que, “depois de aprovado, será instrumento norteador para as apreciações das contas governamentais daqui para frente”- prevê o Conselheiro.

De acordo com Sebastião Helvecio, “três grandes funções das 13 traçadas pelo governo foram analisadas com mais profundidade: Segurança Pública, Saúde e Educação. Dados como o número de crianças vacinadas, por exemplo, foram incluídos na avaliação da Saúde e o número de presos que retornaram às penitenciárias após a libertação ajudaram a balizar a eficácia dos investimentos na Segurança Pública”.

Outra novidade foi a realização de um diagnóstico e de um prognóstico que projetaram três cenários para a dívida pública estadual, totalizada em R$ 70 bilhões. A principal sugestão pode gerar uma economia, nos próximos 20 anos, de até R$ 42 bilhões na dívida com a União, contraída em 1998. A proposta do Conselheiro é de que o Estado negocie com a União a troca do índice de indexação da dívida – hoje no valor de R$ 54,7 bilhões - substituindo o Índice Geral de Preços- Disponibilidade Interna – IGP-DI pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo- IPCA.

A terceira inovação foi no acompanhamento concomitante da execução orçamentária, com reuniões de trabalho entre as equipes do TCE e do Executivo estadual, desburocratizando o procedimento, ao evitar diligências para saneamento de dúvidas e possíveis falhas. Sebastião Helvécio avalia que essa é uma ação fundamental, “já que o Tribunal pode agir preventivamente, evitando prejuízo tanto para a administração pública, que poderia ser punida, caso irregularidades fossem apontadas posteriormente, quanto para o cidadão que tem a garantia de que os recursos públicos estão sendo aplicados de forma legal, eficiente e eficaz”.