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Licitação de R$ 100 milhões é paralisada por suspeita de restrição

11/03/2025

A licitação pretende contratar serviços para realização de eventos em cidades do Jequitinhonha (Foto ilustrativa: Vilmar Oliveira)

A Primeira Câmara do Tribunal de Contas mineiro (TCEMG) confirmou hoje, 11/03/25, a suspensão cautelar de uma licitação do Consórcio Integrado Multifinalitário do Vale do Jequitinhonha, entidade sediada em Diamantina.O procedimento, que seleciona empresas como fornecedoras de órgãos públicos, tem o objetivo de contratar serviços para a realização de eventos promovidos pelos municípios que integram o consórcio que podem chegar a custar mais de R$ 100 milhões.

A deliberação, que partiu do relator do processo (número 1184861), o conselheiro em exercício Telmo Passareli, impede que sejam celebrados contratos com base nessa licitação até que o assunto seja analisado definitivamente pelo Tribunal.Medidas cautelares, como essa, são dadas quando há “fundado receio de grave lesão ao erário ou a direito alheio ou de risco de ineficácia da decisão de mérito”, como está definido no Regimento Interno.

Os conselheiros consideraram que há “ausência de elementos que evidenciem, de antemão, a ampla participação de empresas na licitação, ou ainda, a ocorrência de economia em favor do órgão promotor do certame”.

Da análise inicial dos documentos da licitação, o relator identificou “indícios de deficiência na elaboração de estudo prévio da real demanda, junto aos municípios consorciados, bem como de superdimensionamento e da ausência de justificativas de teor técnico ou estatístico para o quantitativo estimado pelo consórcio”.

E concluiu “que o objeto licitado, neste caso, mostra-se demasiado amplo, abrangendo serviços com características próprias, pertencentes a segmentos diversos do mercado e passíveis de contratação individual, não sendo plausível, numa análise preliminar, a motivação apresentada para a contratação conjunta”.

Essa medida cautelar pode ser alterada mediante recurso.