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Rede Ouvir realiza seminário em São João del-Rei

29/10/2013

A Rede Mineira de Ouvidorias Públicas (Rede Ouvir - MG) realizou o seminário Minas mais transparente e cidadã, nesta terça-feira (29/10), em São João del-Rei, região Central do Estado. A rede -  que reúne ouvidorias do Governo do Estado, Assembléia, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado de Mnas Gerais (TCEMG) - promoveu mesas-redondas e painéis, incentivando gestores de prefeituras e câmaras municipais da região a criarem ouvidorias públicas em seus municípios, compatilharem na Rede Ouvir as informações recebidas dos cidadãos, cumprirem a Lei de Acesso à Informação, e implantarem procedimentos de controle interno e transparência na gestão pública.

Durante a solenidade de abertura, a Diretora da Escola de Contas do TCEMG, Natália Araújo, discursou representando a Presidente do Tribunal, Conselheira Adriene Andrade. A diretora explicou aos presentes no anfiteatro da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) que o TCEMG acredita que alianças com os demais atores sociais - como esta que criou a Rede Ouvir, aproximando as pessoas dos gestores - são importantes para o bom exercício do próprio papel constitucional de Controle Externo. “Por isso, o convite do Ouvidor Geral do Estado para participarmos da rede veio a calhar. Afinal, o Tribunal e controla para que as pessoas vivam melhor, os serviços públicos melhorem e as cidades se desenvolvam”, concluiu Natália Araújo.

O Ouvidor Geral do Estado de Minas Gerais, Fábio Caldeira, descreveu o momento atual, de início das ouvidorias públicas, como desafiador. Para ele, é necessário quebrar um círculo vicioso no qual há pouca participação na gestão pública, comprometendo a produção de normas jurídicas e a execução de serviços públicos. “Temos uma população querendo participar, mas convivendo com normas do Séc. XX e com um grupo de políticos que parece estar no Séc. XIX. Por isso caminhamos para uma convulsão social”, analisou Caldeira. Segundo o Ouvidor, o Governo de Minas está dando uma resposta efetiva para as recentes manifestações populares. E cobrou o dever de participação do povo. “Tem que ser uma via de mão dupla, com direitos e deveres; não há mudança de um dia para o outro”, disse.

O Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), Moacyr Lobato, falou representando a Ouvidoria e a Presidência do Poder Judiciário mineiro. Segundo o magistrado, o TJMG tem como objetivo ouvir o cidadão para melhorar a prestação jurisdicional. “Mas ouvir no sentido democrático e dinâmico, que é agir depois de ouvir”, esclareceu Lobato. Já o Promotor de Justiça Adalberto de Paula Christo Leite, representando o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), lembrou que o Estado não existe em si mesmo, mas para servir a população. “A ouvidoria pressupõe a busca da eficiência para que o povo tenha os direitos previstos na Constituição”, definiu Christo Leite. O Juiz de Direito do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TREMG), Maurício Pinto Ferreira, afirmou que as ouvidorias facilitam o cumprimento do parágrafo único do artigo primeiro da Constituição da República, que define que todo poder emana do povo. “Ouvidoria não é para reclamação, ou para substituir corregedoria. Ouvidoria é para participação”, defendeu Pinto Ferreira.

Durante o dia, a Oficial de Controle Externo do TCEMG Júnia Caldeira de Sousa Lacerda participou como expositora do painel “O alcance da excelência na gestão do município por meio da implantação de ouvidoria”. E o Chefe de Gabinete do Conselheiro Ouvidor do TCEMG, Carlos Alberto Pavan Alvim, presidiu o painel “Lei de acesso à informação e transparência”.