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Tribunal debate cenários políticos e econômicos na formulação do planejamento estratégico

13/08/2020

Reunião da Estratégia 2026 ocorreu no formato virtual
O Tribunal de Contas de Minas Gerais realizou, nesta quinta-feira (13/08), mais uma reunião de preparação do seu planejamento estratégico para os próximos cinco anos. O encontro virtual teve por objetivo o debate do cenário socioeconômico e político da atualidade, dentro do contexto da pandemia da Covid-19, fazendo uma análise da situação internacional, nacional e também especificamente de Minas Gerais. Na reunião, foram apresentados e discutidos fatores externos que influenciam no processo de planejamento do TCEMG até 2026. 
 
A diretora de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, Eleonora Santos, fez a apresentação inicial dos cenários econômicos no mundo, no Brasil e no estado. Ela reforçou que o momento é de difícil previsão, notadamente no país, por características específicas da economia e da política nacional. “Analisando previsões feitas por economistas de todo o mundo, evidencia-se que quanto mais longo for o tempo para o controle da pandemia, mais difícil será a retomada da economia nesse país”, disse. Eleonora apresentou algumas previsões variáveis de crescimento do PIB brasileiro para 2020 e 2021. De acordo com projeções da FJP, os PIBs brasileiro e mineiro devem ter retração em 2020, com previsão de início de recuperação para o próximo ano. A diretora reforçou que, dentro das estruturas produtivas, projeta-se mais retração em setores como a indústria e os serviços, em detrimento do setor agropecuário, que pode ter leve crescimento. 
 
O consultor de gestão financeira para o Banco Mundial, Wesley Matheus, fez uma análise do cenário político global, indicando tendências para os próximos meses e anos. Wesley ressaltou o estremecimento das relações entre EUA e China e como isso pode influenciar a política e a economia global, destacando questões como tecnologia e meio ambiente. No debate do cenário brasileiro, Wesley reforçou dificuldades como a polarização social e os gastos públicos. No ambiente do estado de Minas Gerais, o consultor destacou como empecilhos a dívida pública e a questão do setor da mineração, incluindo a dependência da exportação de minério de ferro para o mercado chinês e os impactos dos desastres de Mariana e Brumadinho. Por fim, Wesley mostrou pontuações de destaque para a atuação dos Tribunais de Contas, como o fomento à gestão de risco nos órgãos públicos, ampliação de ações de compliance e integridade no setor público e importância do fortalecimento dos controles internos nas organizações. 
 

 

Lucas Borges / Coordenadoria de Jornalismo e Redação