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Debate sobre a importância da atuação em rede encerra Seminário de combate à corrupção

30/08/2019

Fotos: Luiz Gustavo Ribeiro

Representantes de cinco órgãos de controle do país se reuniram, no final da tarde de ontem (29/08), para encerrar oficialmente o Seminário “Atuação em Rede: o combate à corrupção na prática”, organizado pela Rede de Controle e Combate à Corrupção (Arcco). No debate de encerramento, Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Ministério Público do Estado de Minas Gerais(MPMG), Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU) e Controladoria Geral do Estado de Minas Gerais(CGEMG) apresentaram uma análise resumida sobre as perspectivas de atuação em rede para aprimorar a fiscalização da gestão pública e o diagnóstico e combate à corrupção.

Procuradora-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Elke Andrade Soares de Moura“Desde que eu assumi a chefia do Ministério Público, eu tracei como primeira meta a busca de parceiros, sempre acreditando que juntos somos mais fortes”, com essas palavras de otimismo a procuradora-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Elke Andrade Soares de Moura, iniciou sua fala reforçando que “as instituições se fortalecerão a partir do momento que se unirem”. Elke frisou que para vencermos as crises do atual cenário, nós precisamos nos unir. “Evidentemente que cada um na sua esfera de competência, mas compartilhando os nossos talentos e potenciais, podemos produzir resultados melhores para a sociedade”, disse.
 
A procuradora salientou que as instituições têm se aperfeiçoado e estão cumprindo o seu papel, mas “é preciso criar procedimentos que possam perpetuar essa conduta”. Ela também reforçou a necessidade de buscar o engajamento dos servidores públicos e da própria sociedade, para ampliar os espaços de participação social, “eles são os grandes aliados que nós do controle temos a disposição. Esses dois dias intensos de compartilhamentos serviram como uma injeção de ânimo e nos sinalizou de que estamos caminhando bem, mas que podemos avançar ainda muito mais”, encerrou.
 
Superintendente de Controle Externo do TCEMG, Flávia Alice Dias LopesA Superintendente de Controle Externo do TCEMG, Flávia Alice Dias Lopes, destacou em sua fala que os desafios da atuação em rede são muito grandes, mas acredita que “vale a pena a participação e que tudo isso possui um grande potencial”. Segundo ela, tudo que foi dito nos dois dias de seminário serviu para impulsionar os participantes a trabalharem com mais força e entusiasmo para fazer a rede dar certo. “Eu observei que quando a gente se une e faz uma análise percebemos o diferencial e o quanto o nosso trabalho agrega aos nossos parceiros”. Flávia ainda enalteceu a forte participação dos servidores do TCEMG no seminário.
 
Para o chefe da Assessoria Estratégica da Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGEMG), Omar Abreu Bacha, “a criação da rede não é só oportuna, mas também muito necessária nesse momento que o país está vivendo”. Ele lembrou que não só a União, mas os Estados e municípios passam por uma dificuldade financeira muito grande, com inúmeras deficiências estruturais, principalmente na questão de recursos humanos. “Isso enseja uma união dos órgãos e entidades para poder otimizar seus esforços numa atuação conjunta e assim conseguir atender as finalidades previstas em lei”, reforçou o representante da CGEMG.
 
Breno Barbosa Cerqueira Alves da Controladoria Geral da União (CGU) e Leonardo Felipe Ferreira do Tribunal de Contas da União (TCU) também participaram da mesa de discussão sobre “as perspectivas de atuação em rede no estado de Minas Gerais”.
 
Moísa de Andrade e Gustavo Soares da Cruz apresentaram o painel “case de sucesso CGU”Na mesma tarde, Moísa de Andrade e Gustavo Soares da Cruz apresentaram o painel “case de sucesso CGU” e demonstraram como são feitos os trabalhos no Controladoria Geral da União. Eles apresentaram a operação Tyrannos, realizada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF) em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) que apurou irregularidades na execução do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), integrante do Programa Minha Casa Minha Vida, em Minas Gerais. A ação conjunta identificou que a organização criminosa superfaturava compra de materiais de construção para unidades habitacionais em municípios de Minas Gerais. Os desvios apurados na primeira fase da Operação Tyrannos ultrapassam R$ 1,6 milhão, apenas em dois municípios do interior de Minas.
 
 
Luiz Gustavo Ribeiro / Coordenadoria de Jornalismo e Redação